Bem-vindo à página ARQUIVO 2006-2016 da Presidência da República Portuguesa

Nota à navegação com tecnologias de apoio

Nesta página encontra 2 elementos auxiliares de navegação: motor de busca (tecla de atalho 1) | Saltar para o conteúdo (tecla de atalho 2)
Assembleia Geral das Nações Unidas
Assembleia Geral das Nações Unidas
Nova Iorque, EUA, 28 de setembro de 2015 ler mais: Assembleia Geral das Nações Unidas

INTERVENÇÕES

Clique aqui para diminuir o tamanho do texto| Clique aqui para aumentar o tamanho do texto
Alocução do Presidente da República na abertura da VII Conferência de Chefes de Estado e de Governo da CPLP
Centro Cultural de Belém, 25 de Julho de 2008

Senhores Chefes de Estado e de Governo, Caros Amigos,
Senhores Ministros,
Senhor Presidente da Comissão da UA,
Senhor Secretário Executivo da CPLP,
Senhor Embaixador da Boa Vontade da CPLP e Enviado Especial das Nações Unidas para a luta contra a Tuberculose,
Senhores Representantes da Comissão Europeia, da CEDEAO, da FAO, da UNESCO e da ONU/SIDA,
Minhas Senhoras e Meus Senhores,

Em Julho de 1996 realizou-se, no mesmo local onde hoje nos encontramos, a cerimónia de lançamento da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa.

12 anos volvidos, é uma grande honra e satisfação voltar a acolher, em Lisboa, a família da CPLP nesta VII Conferência de Chefes de Estado e de Governo da nossa Comunidade.

A presença nesta Cimeira de um amplo leque de Estados e organizações com os quais a CPLP mantém especiais laços de cooperação é a melhor demonstração do seu sucesso.

A todos quero dirigir uma calorosa palavra de boas-vindas e de reconhecimento pela forma empenhada como têm contribuído para o fortalecimento do papel da CPLP nos mais variados domínios.

A realização das Conferências de Chefes de Estado e de Governo são simultaneamente momentos de balanço e de reforço de compromissos numa perspectiva de futuro.

Apesar do muito que ainda não conseguimos fazer, o balanço destes primeiros 12 anos não pode deixar de ser positivo.

Desde logo, num momento para todos nós inesquecível e para o qual a acção da CPLP muito contribuiu, Timor Leste juntou-se a esta Comunidade, em Maio de 2002. Cresceu o número de Observadores Associados e de Organizações com as quais mantém uma cooperação regular. Foi criada a sua própria Assembleia Parlamentar. A CPLP esteve envolvida em múltiplos acontecimentos que marcaram a agenda internacional.

Os nossos países desenvolvem já hoje um amplo esforço de coordenação e de concertação político-diplomática num número crescente de sectores de interesse comum; coordenam as suas intervenções em fora internacionais e apoiam-se mutuamente, com excelentes resultados, na apresentação de candidaturas a organismos internacionais.

Cada um de nós integra alguns dos mais importantes grupos geopolíticos regionais, como a União Europeia, o Mercosul, a SADC ou a CEDEAO e futuramente também a ASEAN, reforçando, também dessa forma, a visibilidade internacional da CPLP.

Estes 12 anos da vida da nossa organização permitiram igualmente reforçar os valores da Paz, da Democracia e do Estado de Direito, dos Direitos Humanos, do Desenvolvimento e da Justiça Social, consagrados na Declaração Constitutiva da CPLP aprovada por todos os Estados Membros.

Os desafios com que todos nos confrontamos deixam bem claro o valor estratégico de Organizações como a nossa, que permitem aos Estados actuar de forma concertada na cena internacional.

Nessa perspectiva, o nosso objectivo comum é fortalecer a CPLP dotando-a das condições para responder com eficácia a esses desafios.

A presente Cimeira constituirá uma oportunidade para debater alguns dos problemas colectivos do nosso tempo e avaliar quais as áreas nas quais a nossa cooperação poderá constituir um valor acrescido relativamente aos esforços de cada um dos nossos Estados individualmente considerados.

É necessário focar a acção da CPLP na obtenção de resultados concretos. A CPLP deverá estar presente no dia-a-dia dos nossos cidadãos. É responsabilidade de todos promover uma participação mais activa das sociedades civis dos nossos países na vida da nossa Comunidade.

Uma Comunidade aberta ao mundo e à cooperação com outros espaços e organizações que partilhem os nossos ideais e que possam contribuir para a prossecução dos nossos objectivos.

Devemos responder aos desafios colectivos com soluções colectivas.

O tema escolhido para a VII Cimeira de Chefes de Estado e de Governo — “A Língua Portuguesa: Património Comum, Futuro Global” — não poderia ser mais oportuno.

Na Declaração Constitutiva da CPLP, reconhecemos que a Língua Portuguesa constitui “um vínculo histórico e um património comum resultante de uma convivência multissecular que deve ser valorizada”, designadamente como “meio privilegiado de difusão da criação cultural entre os povos que falam português e de projecção internacional dos seus valores culturais, numa perspectiva aberta e universalista”.

A promoção e valorização da língua portuguesa e dos valores culturais comuns aos nossos países é um objectivo permanente da nossa comunidade. No mundo crescentemente globalizado em que vivemos a língua portuguesa é um activo fundamental para a defesa e afirmação internacional dos nossos países e da nossa forma de vermos o mundo.

Estou seguro que esta Cimeira proporcionará um amplo e profundo debate de onde sairão orientações para o aprofundamento de uma estratégia comum para a promoção e valorização da língua portuguesa no mundo.

Gostaria de dirigir uma palavra de agradecimento aos Ministros dos Negócios Estrangeiros, bem como a todos os grupos de concertação técnica que trabalharam com grande dedicação na preparação desta Cimeira e cujo trabalho constituirá uma excelente base para a tomada de decisões que levaremos a cabo ao longo dos trabalhos.

© Presidência da República Portuguesa - ARQUIVO - Aníbal Cavaco Silva - 2006-2016

Acedeu ao arquivo da Página Oficial da Presidência da República entre 9 de março de 2006 e 9 de março de 2016.

Os conteúdos aqui disponíveis foram colocados na página durante aquele período de 10 anos, correspondente aos dois mandatos do Presidente da República Aníbal Cavaco Silva.