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Presidente visita obra da Mota & Engil em Cracóvia (1)
Presidente visita obra da Mota & Engil em Cracóvia (2)
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Presidente visita obra da Mota & Engil em Cracóvia (5)
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Presidente visita obra da Mota & Engil em Cracóvia (7)
Presidente visita obra da Mota & Engil em Cracóvia (8)
Cavaco Silva no Collegium Maius da Universidade Jagiellona (1)
Cavaco Silva no Collegium Maius da Universidade Jagiellona (2)
Cavaco Silva no Collegium Maius da Universidade Jagiellona (3)
Cavaco Silva no Collegium Maius da Universidade Jagiellona (4)
Cavaco Silva no Collegium Maius da Universidade Jagiellona (5)
Cavaco Silva no Collegium Maius da Universidade Jagiellona (6)
Cavaco Silva no Collegium Maius da Universidade Jagiellona (7)
Cavaco Silva no Collegium Maius da Universidade Jagiellona (8)
Cavaco Silva no Collegium Maius da Universidade Jagiellona (9)
Cavaco Silva no Collegium Maius da Universidade Jagiellona (10)
Presidente da República e Dra Maria Cavaco Silva recebidos pelo Cardeal Arcebispo de Cracóvia (1)
Presidente da República e Dra Maria Cavaco Silva recebidos pelo Cardeal Arcebispo de Cracóvia (2)

Intervenção do Presidente da República no Seminário Diplomático “Europa Central e de Leste”


Quero começar por felicitar o Senhor Ministro de Estado e dos Negócios Estrangeiros pela organização deste Seminário, à margem da minha Visita de Estado à Polónia, bem como por saudar a presença dos Senhores Embaixadores e dos Senhores Conselheiros Económicos.

Na minha última intervenção no Dia de Portugal, sublinhei o valor estratégico daquilo a que chamei o «Universalismo português», um activo inestimável nos dias de hoje.

A capacidade de interlocução e de mediação de que temos sabido dar provas e o legado de conhecimento e de simpatia que a História nos deixou nos cinco continentes são factores que, em conjunto, representam um potencial para a projecção dos nossos interesses económicos e culturais que não nos podemos dar ao luxo de desperdiçar. No mundo altamente competitivo que é o de hoje, esta é uma das nossas mais importantes vantagens comparativas.

É vital que assumamos em pleno a nossa vocação de país aberto ao mundo, capaz de, mais uma vez, tirar partido da globalização e das oportunidades que a mesma nos oferece.

Todos conhecemos a actual situação económica do País e as nossas debilidades estruturais. O crescente grau de endividamento da economia portuguesa, associado ao aumento dos custos de financiamento da dívida externa, traduz-se num encargo anual líquido que deverá, já este ano, ultrapassar cinco por cento do PIB. Sem uma aposta – vital e decisiva – na produção de bens transaccionáveis e no aumento das nossas exportações, o desequilíbrio externo tende a assumir uma dinâmica insustentável, comprometendo, no mínimo, a recuperação de uma trajectória de convergência com a União Europeia.

Neste contexto, torna-se ainda mais premente apoiar os projectos dos nossos empresários que apostam em competir onde quer que se lhes deparem oportunidades nas respectivas áreas de negócios, aproveitar a agenda de contactos que a nossa diáspora oferece, dar a conhecer as iniciativas de sucesso que têm contribuído para valorizar a imagem do nosso país no exterior.

Todos estamos conscientes da necessidade de internacionalização das nossas empresas, assim como da captação de investimento externo, para robustecer o nosso sector produtivo.

O sucesso que caracterizou as três Presidências portuguesas (do Conselho) da União Europeia deve ser relembrado em prol da promoção dos nossos interesses. Creio que, nesta região, o contributo português para a abertura do espaço Schengen aos novos Estados da União Europeia constitui um exemplo bem marcante de uma iniciativa que, hoje, nos permite tirar dividendos e que urge não deixar cair no esquecimento.

A nossa projecção externa depende, também, da nossa capacidade de promover a língua portuguesa. É sabido que a afirmação de uma língua contribui decisivamente para a defesa dos interesses e valores de quem nela se exprime.

O interesse pela língua portuguesa, que sei existir na maior parte dos países desta região, deve merecer, da nossa parte, um reiterado esforço de promoção.

É também essencial que nos empenhemos na inserção das nossas Universidades e dos nossos Centros de Investigação nas redes internacionais de conhecimento e tecnologia. É reputada, na grande maioria dos países desta região, a qualidade e formação dos seus recursos humanos. A cooperação nas áreas de formação e de investigação científica e tecnológica pode também repercutir-se positivamente na imagem do nosso país e no aprofundamento das relações bilaterais.

Em suma, é fundamental que rentabilizemos o capital de simpatia de que desfrutamos, o interesse que a nossa cultura suscita e a imagem favorável de Portugal, para apoiar os esforços de internacionalização dos nossos empresários, para promover as nossas exportações, a captação de investimento estrangeiro e o reforço dos fluxos turísticos para o nosso país, para disseminar a nossa língua e a nossa cultura.

Estou consciente de que os Senhores Embaixadores, e todos aqueles que convosco colaboram, começando pelos Conselheiros Económicos, são a face visível deste esforço, nas diferentes capitais. Sei, também, como é importante o investimento na nossa rede diplomática e consular, dotando-a de capacidades que lhe permitam corresponder cabalmente ao que dela se espera, enquanto activo fundamental para a promoção dos nossos interesses políticos, económicos e culturais, no apoio às nossas empresas e aos nossos cidadãos. Trata-se de um investimento que, atentos os recursos envolvidos, estará muito longe de outras despesas públicas porventura menos capazes de gerar o retorno de que o País tanto necessita.

Vejo esta iniciativa do Senhor Ministro de Estado e dos Negócios Estrangeiros, semelhante à que já promoveu relativamente aos países da África Austral, como estando na linha das preocupações que acabo de exprimir, reflectindo a intenção de investir numa Política Externa ambiciosa e eficaz que, com os meios necessários e com o empenho e determinação de todos, contribua para a projecção dos interesses de Portugal e para o seu desenvolvimento económico.

Congratulo-me, por isso, pela organização deste Seminário. Estou certo de que ele contribuirá para a promoção e defesa dos nossos interesses nesta região da Europa.

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