São Domingos de Rana
O núcleo da actividade empresarial da Brisa é constituído pelo projecto, construção, conservação e exploração de auto-estradas com portagem, em regime de concessão, e ainda outras actividades complementares, como a assistência rodoviária, atendimento a clientes, monitorização e controlo do trânsito, projecto e manutenção de equipamentos, entre outros. Grande parte dos equipamentos e sistemas utilizadas na operação e gestão da rede de auto-estradas da Brisa são desenvolvidos com recurso a meios de Investigação e Desenvolvimento (I&D) internos e/ou em colaboração com uma rede alargada de parceiros externos, possibilitando desta forma, um maior controlo e adequação aos requisitos da empresa. O investimento realizado pela Brisa na área I&D atingiu, no final de 2007, o montante total de 2 milhões de euros, correspondendo a 0,9% do seu VAB.
A evolução tem sido crescente e nos rácios de investimento em I&D distingue-se claramente da média das empresas nacionais, sendo classificada em termos europeus como uma empresa de Média Intensidade Tecnológica, apesar do sector de actividade em que se insere não possuir habitualmente essa classificação. De facto, se a Brisa tem optado pelo desenvolvimento próprio (individualmente ou em rede) dos seus equipamentos e sistemas, a maioria das empresas suas concorrentes, nacionais e europeias, opta pela sua aquisição a empresas externas, prescindindo assim de qualquer propriedade e muitas vezes o controlo, sobre os desenvolvimentos tecnológicos em causa. Esta independência de fornecedores críticos e o conhecimento profundo da tecnologia utilizada tem possibilitado à Brisa uma acrescentada vantagem competitiva no acesso aos mercados internacionais, actuando como factor distintivo da concessionária em relação às suas concorrentes.
Um dos sinais da aposta da Brisa na inovação foi a reorganização do seu grupo de trabalho responsável pela I&D, com a criação e formalização em 2002 de uma Direcção de Inovação e Tecnologia (DIT) com uma intervenção transversal a todo o grupo BRISA. A capacidade da Brisa para criar valor através inovação tem sido clara, apontando uma estimativa conservadora para uma criação líquida de valor de 80 milhões de euros, a partir de 11,2 milhões de investimento. O investimento em inovação é efectuado numa perspectiva de redução de custos e/ou aproveitamento positivo das oportunidades, procurando uma diferenciação positiva em relação à concorrência e seguindo o enquadramento estratégico da empresa, com o intuito de obtenção de resultados positivos, nomeadamente na procura da excelência do serviço prestado ao cliente. A rede de inovação, que inclui entidades do ensino superior, centros tecnológicos, fornecedores/parceiros, startups com origem em projectos Brisa, business angels, empresas concorrentes e entidades estatais, entre outras, tem permitido ganhos claros para todas as partes envolvidas.
© Presidência da República Portuguesa - ARQUIVO - Aníbal Cavaco Silva - 2006-2016
Acedeu ao arquivo da Página Oficial da Presidência da República entre 9 de março de 2006 e 9 de março de 2016.
Os conteúdos aqui disponíveis foram colocados na página durante aquele período de 10 anos, correspondente aos dois mandatos do Presidente da República Aníbal Cavaco Silva.