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O DIA DA TOMADA DE POSSE DO PRESIDENTE DA REPÚBLICA

VÍDEO EM DESTAQUE

Discurso de Tomada de Posse do Presidente da República

Assembleia da República

09.03.2011

NRP “Sagres” Clique aqui para diminuir o tamanho do texto|Clique aqui para aumentar o tamanho do texto

O actual navio-escola Sagres foi construído nos estaleiros da Blohm & Voss, em Hamburgo, em 1937, tendo, na altura, recebido o nome Albert Leo Schlageter. Era o terceiro de uma série de quatro navios encomendados pela Marinha Alemã (Kriegsmarine), que incluía o Gorch Fock (1933) (que veio a ser o Tovarish (1952-2003)), o Horst Wessel (1936) (actual Eagle da United States Coast Guard), e um quarto navio nunca concluído, por entretanto ter eclodido o conflito, ao qual foi dado o nome Herbert Norkus (1939). Aliás, parte do aparelho deste último, nomeadamente vergas e mastaréus, veio posteriormente a ser utilizado no Gorch Fock (1958), actual navio-escola da Marinha Alemã, construído vinte anos mais tarde, de acordo com os planos dos anteriores veleiros. Além dos navios mencionados, o estaleiro alemão construiu um outro veleiro desta classe, o Mircea (1938), satisfazendo uma encomenda da Marinha Romena.

NRP Sagres

No final da guerra, aquando da partilha dos despojos pelos vencedores, o Horst Wessel e o Albert Leo Schlageter couberam aos Estados Unidos. No entanto, apesar dos esforços do Comandante americano da Base Naval de Bremerhaven, não foi possível encontrar, nos Estados Unidos, uma instituição que quisesse ficar com este navio. Pelo que, ao fim de três anos, acabou por ser cedido à Marinha do Brasil, com o intuito de fazer face aos danos causados pelos submarinos alemães aos seus navios, durante a guerra. Em 1961 foi adquirido por Portugal, no sentido de substituir a antiga Sagres, que, curiosamente, também havia sido navio alemão.


CARACTERÍSTICAS

A "Sagres" é uma barca com gáveas partidas e mezena partida. O casco é de aço, sendo as chapas (10 mm) curvadas e soldadas nalguns pontos. O navio tem dez anteparas estanques dispondo quatro destas de seis portas estanques hidráulicas (comando local ou à distância) que garantem a estanqueidade entre compartimentos anexos.

Propulsão à Vela. Para este tipo de propulsão, tendo uma armação em barca, o navio dispõem de 10 velas redondas e 13 velas latinas, num total de 1979 m² de área vélica, podendo atingir uma velocidade máxima de 16,5 nós.

Características:

  • Deslocamento: 1940t
  • Comprimento: 70,4m
  • Boca máxima: 12m
  • Calado: 6.2m
  • Propulsão: 2 motores MTU 12V 183 TE92 (1 veio), proporcionando uma velocidade máxima de 10,5 nós
  • Autonomia: 5450 milhas a 7,5 nós
  • Guarnição: 9 Oficiais, 17 Sargentos, 114 Praças


MISSÃO

A missão fundamental do N.R.P. "SAGRES" tem consistido em possibilitar um amplo e profundo contacto com a vida do mar às sucessivas gerações de oficiais da Armada, através das viagens de instrução nele efectuadas.

Para além das viagens de instrução, o N.R.P. "Sagres" tem igualmente como sua missão principal a representação da Marinha e do País, visitando com frequência portos estrangeiros, surgindo essas deslocações quer na sequência das viagens de instrução já anteriormente referidas; de comemorações de grande envergadura; e de apoio directo à acção diplomática dos órgãos de soberania, aquando das visitas oficiais de altas entidades do Estado.

De qualquer modo, a presença naval em portos estrangeiros assume sempre um carácter de representação, ainda que não oficial, do País. E a experiência da Marinha através do N.R.P. "Sagres" neste tipo de missões tem contribuído decisivamente para um sucesso contínuo e desejado.

Em colaboração programada com o Ministério dos Negócios Estrangeiros e com o apoio das representações diplomáticas locais, assim como das autoridades navais dos portos escalados, são organizadas visitas de cumprimentos, recepções a bordo e em terra, e muitas outras actividades. O navio abre igualmente a visitas ao público em todos os portos escalados, e são distribuídos folhetos relativos à história e às características do Navio.

Por outro lado, existe sempre a preocupação de escolher escalas nos portos onde existem comunidades portuguesas. A prática tem, de resto, evidenciado a justeza desta opção pelo orgulho e sentimento patriótico demonstrados pelas comunidades portuguesas em todo o mundo.

 

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