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“Quero contribuir para que os jovens portugueses possam transformar as suas esperanças em realidade”

“As Minhas Ambições para Portugal”, Aníbal Cavaco Silva, 27-10-2005

Os jovens vivem hoje com uma grande incerteza quanto ao futuro, mas a única forma de lutar por uma vida mais feliz é transformar o mundo, olhando as coisas de um modo diferente para fazer surgir novas oportunidades e abrir caminho à acção.

Todas as gerações conheceram este desafio da mudança, mas os tempos modernos ganharam uma velocidade que é difícil de acompanhar mesmo pelos mais novos, em regra mais predispostos ao imprevisto e à tomada de riscos.

Num mundo que muda bruscamente todos os dias, numa sociedade que é diferente daquela que conhecemos há vários anos atrás, como seria possível a mesma vida, a mesma forma de nos realizarmos, os mesmos êxitos ou fracassos? Por isso é fundamental que os jovens não se deixem vencer pelo que parece ser a ausência de perspectivas e a falta de alternativas, se tomarmos como referência os modelos do passado. Cabe aos jovens, em particular, manter abertas as janelas da esperança e a convicção de que é possível, de que é necessário, transformar o mundo em nome de um futuro melhor.

Quem olhar as sociedades de hoje e as comparar com o que tínhamos há poucas décadas pode ver o abismo que separa as sociedades tradicionais das sociedades modernas e essa mudança vertiginosa faz sentir que, de algum modo, se perdeu um sentido colectivo que nos orientava. Se, por um lado, se ganhou em liberdade individual, por outro há um desencantamento que nos ameaça e a que é necessário reagir com prudência e com coragem.

É preciso agir, tomar a iniciativa.

É preciso mostrar as acções, mas também dar relevo aos resultados que se pretendem alcançar, incentivando o aproveitamento das competências dos jovens e a sua capacidade de mudar o ambiente à sua volta, suscitando novas energias e mobilizando muitos outros para os projectos a que se dedicam.

O apoio aos jovens com iniciativa e novas ideias pode servir para criar e multiplicar novos modelos de referência, abrindo caminho para um ambiente renovador.

É possível transformar novas ideias em realidades em múltiplos campos de acção, desde o social ao empresarial, do político ao cultural.

O Roteiro da Juventude, dedicado à Iniciativa dos Jovens, vai focar bons exemplos de acção e interacção no âmbito da cultura, criatividade e inovação, mas também no campo do voluntariado e empresarial, mostrando como a imaginação criadora se pode transformar em valor para os próprios e para a comunidade que os rodeia, contribuindo de modo muito significativo para a mudança positiva que nos levará de novo a um rumo de esperança e de progresso.

Este Roteiro vai ainda dar destaque à iniciativa no campo político, mostrando como os jovens responderam ao desafio lançado pelo Presidente da República, em Abril de 2008, para um envolvimento mais activo e participante na vida política. Também aí o seu entusiasmo, as suas competências e a generosidade de entrega ao serviço dos outros pode, e deve, marcar a diferença.

Reunindo todas as organizações de estudantes que promoveram iniciativas dedicadas ao tema “Os Jovens e a Política”, a Associação Académica da Universidade do Minho irá apresentar as suas conclusões e fazer o balanço do repto lançado pelo Presidente na Assembleia da República, a que se seguiu a jornada de reflexão “Os Jovens e a Política”, com jovens de todos os sectores sociais.

É preciso ouvir os jovens. É preciso chamá-los à participação e à acção, reconhecendo o seu valor e a sua capacidade ímpar de contribuir activamente para uma sociedade melhor.

Esta é uma forma particularmente eficaz para olhar o futuro com mais confiança, confiando nas novas gerações.

“Existirão sinais para sermos optimistas? Ou, pelo contrário, os indícios apontam para um futuro sombrio? Esta é a atitude típica daqueles que preferem aguardar pelo futuro ou que persistem em tentar adivinhar como será o futuro, em vez de pensarem o que devem fazer no presente”.
Discurso do Presidente da República na cerimónia comemorativa do 25 de Abril de 2008, Assembleia da República.

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