Bem-vindo à página ARQUIVO 2006-2016 da Presidência da República Portuguesa

A realização de um roteiro direccionado para a juventude pretende estimular e valorizar o modo como os jovens devem participar na sociedade em profunda transformação, tornando-se parte activa dessa mudança, ultrapassando as dificuldades e inquietação que sentem sobre a sua responsabilidade na renovação social.

Hoje em dia, a grande preocupação dos jovens Portugueses centra-se na procura de apoios e oportunidades necessárias para gerir as suas próprias vidas e terem condições para tomar decisões independentes.

O prolongamento do período de escolarização, necessário para aquisição de competências, as dificuldades de acesso ao mercado de trabalho e a instabilidade do emprego, tanto maiores quanto mais baixas forem as qualificações, e as dificuldades no acesso a habitação contribuem para o retardamento da autonomização dos jovens.

No entanto, a participação cívica activa e independente dos jovens adultos é determinante para o desenvolvimento de uma sociedade económica e socialmente desenvolvida.

É preciso uma forte mensagem de incentivo aos jovens que procuraram e encontraram o seu caminho para a emancipação e para a crescente participação cívica, dando a conhecer não só os seus êxitos mas também os riscos e as dificuldades que tiveram que vencer, constituindo um bom exemplo para outros e um estímulo para que se aperfeiçoem os mecanismos de participação nas decisões que lhes dizem respeito.

Este Roteiro para a Juventude inclui visitas a empresas de jovens agricultores, a iniciativas de jovens empresários empreendedores, como a incubadora de empresas na sede da ANJE e o Portugal Fashion, a uma organização cultural liderada por jovens (CAR) e à Federação Académica do Porto, com os seguintes objectivos:

1. Valorizar o associativismo jovem no âmbito empresarial como forma de promover a autonomia, de potenciar capacidades e competências, de agregar apoios e de fazer ouvir os seus anseios e necessidades, contribuindo para as soluções num quadro de cooperação entre os diferentes sectores no domínio da juventude.
2. Mostrar a capacidade inovadora e a iniciativa dos jovens empreendedores e dar a conhecer as suas potencialidades em sectores como a agricultura, que depende criticamente do rejuvenescimento do seu tecido empresarial e da sua capacidade para inverter rapidamente o ciclo do seu envelhecimento progressivo. Trata-se não só da sua capacidade de se transformar que estará em causa, mas também mais simplesmente de se assegurar a própria existência futura de agricultores, sem os quais não haverá agricultura. É nessa dupla perspectiva que deve ser analisado o facto de mais de metade das explorações europeias serem dirigidas por agricultores com mais de 55 anos, metade dos quais com mais de 65 anos.
3. Reconhecer a acção cívica e social das associações e do voluntariado jovem através das organizações estudantis, ou da capacidade de liderança juvenil, realçando o seu sentido de responsabilidade social, a sua iniciativa e generosidade em campos tão diferenciados como o apoio intergeracional, as actividades culturais e desportivas ou o apoio aos jovens na inserção no mercado de trabalho.O voluntariado e o associativismo juvenil devem ser acarinhados e estimulados como essenciais à dinâmica da sociedade civil e ao desenvolvimento de uma sã cultura de solidariedade o que implica que as aptidões que assim se desenvolvem sejam devidamente valorizadas no mercado de trabalho.
4. Dar oportunidade aos jovens de mostrar a sua capacidade de mobilização em torno de objectivos ambiciosos, a coragem de enfrentar as dificuldades e os meios que utilizaram para concretizar a sua autonomia ou para se tornarem parte activa da mudança na construção de uma sociedade mais justa e mais solidária.

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