Senhor Presidente da República, Professor Doutor Aníbal António Cavaco e Silva, Excelência.

Por ocasião das comemorações oficiais do Dia de Portugal, de Camões e das Comunidades portuguesas, as quais serão presididas por V.ª Ex.ª na belíssima capital da Foz do Rio Sado, as minhas primeiras palvras de saudação vão naturalmente para o Chefe de Estado português, na Sua Qualidade de Presidente da República, de Comandante Supremo das Forças Armadas Portuguesas,Supremo Magistrado da Nação, fiel Depositário da Chancelaria das Ordens Honoríficas Portuguesas e Garante último do Normal funcionamento das Instituições Democráticas e do Estado de Direito.

Na Sua Pessoa, o Chefe de Estado, saúdo igualmente todos os nossos compatriotas, reunidos numa Nação Soberana, corporeizada ela própria numa "Pátria de muitas Pátrias", entre as quais, não é dispisciendo sublinhar o legado que as gerações anteriores nos deixaram consubstanciado na "Língua Portuguesa", falada nos quatro cantos do Mundo que compõem a Comunidade Lusófona! Por isso mesmo, permita-me Excelência que enalteça a vossa justa homenagem a José Sebastião da Gama, o autor de "Pelo Sonho é que vamos!" Comovidos e Mudos? Chegamos ou não Chegamos? resposta: "Partimos, Vamos, Somos"!

Se me permite, Ex.mo Senhor Presidente da República, trata-se da abordagem a toda uma simbólica dinâmica, compaginável com o mellhor das Tradições, bem entendido, de um País com quase nove séculos de História, e das quais a Presidência cumpre, e bem, o magnífico Múnus, permita-me V.ª Ex.ª o termo, de ser igualmente a fiel depositária!

Na realidade,em causa está a salvaguarda última desse Bem que dá pelo Nome de "Rés publica", confiado outrora aos Reis de Portugal e,há quase cem anos,por razões conhecidas e abordáveis em contexto, sob a guarda dos Ex.mos Senhores Presidentes das Chamadas "Três Repúblicas".

Aqui, permita-me ainda agradecer, como cidadão atento, as palavras de estímulo que tenho ouvido e lido oriundas de Vossa Excelência, sobretudo significativas quando eclodem numa época de profunda crise, patente a diversos níveis, como é por demais sabido e não cabe aqui sequer abordar!Mas não deixa de ser igualmente eloquente que vastos sectores da sociedade olhem hoje para a "Presidência da Republica/Chefia do Estado Republicano" com os olhos estampados na cor do Vosso Muito Ilustre Estandarte!

Senhor Presidente da República, Excelência, permita-me que termine esta, fazendo votos para que este "Dia de Portugal" possa ser, nesta época de notória supremacia, práxica e não só, de um certo Relativismo, um "Dia significativo" de Reflexão em ordem a uma Nova Projecção de Portugal e da Portugalidade no Atlântico, na União Europeia e no Mundo.Afinal, se se "cumpriu o Mar e o Império se desfez, Senhor falta cumprir-se Portugal"(F. Pessoa, in "Mensagem"), "Partindo, Vamos, Somos"(Sebastião da Gama, Poeta e Pedagogo)!

Bem haja Senhor Presidente da República, Professor Doutor Aníbal Cavaco e Siva, Excelência!

Viva Portugal!