Bem-vindo à Página da Visita de Estado a Angola

As minhas primeiras palavras são para agradecer a Vossa Excelência, Senhor Governador, muito sensibilizado, a fraternal amizade com que eu próprio, a minha Mulher e a comitiva que nos acompanha temos sido recebidos nesta Visita à Província de Benguela, bem como o empenho pessoal que colocou na sua preparação. Uma Visita que me permite confirmar a forte impressão que me causou, já nessa altura, a extrema beleza destas terras, quando por aqui passei, algumas décadas atrás.

Agradecer-lhe, ainda, o convite para este jantar e a oportunidade que ele me oferece de conviver com figuras representativas dos vários sectores representativos da sociedade desta Província, e com alguns dos muitos portugueses, meus compatriotas, que aqui vivem e trabalham.

Vossa Excelência permitirá que aproveite esta ocasião para lhes dirigir uma breve palavra.

Caros compatriotas,

Na origem da palavra Lobito, está um vocábulo que evoca a ideia de porta, de passadiço, de passagem.

Que ideia feliz para descrever a vocação desta Província, que tem à cabeça duas cidades magníficas: Benguela, que lhe deu o nome, e o Lobito, que a todos encanta.

Vocação de porta para o mar, que é o Porto do Lobito, e passagem para o interior de Angola e de África, pelo Caminho de Ferro de Benguela. E, dizendo isto, não mais do que isto, já estaríamos a sublinhar o enorme potencial que esta Província encerra.

Ideia feliz, também, para descrever o que tem sido a vocação dos Portugueses, pelas quatro partidas do mundo: abrir portas, rasgar passagens, estender pontes.

Vós sois a imagem viva desta vocação. Pelo vosso trabalho, pela vossa capacidade de criar e empreender, pela generosidade com que procurais ir ao encontro das necessidades dos outros, pela forma como vos integrais na vida desta comunidade.

Fazendo o que fazeis, honrais, todos os dias, o País que, lá longe, se orgulha de vós e vos agradece.

Senhor Governador,

Angola sabe que pode contar com Portugal e com os Portugueses. Sabe que aqui estamos, como se daqui fôssemos, querendo o melhor para esta terra, vibrando com as suas vitórias, confiando no seu futuro. Porque é assim que deve ser com os amigos que nos são mais próximos.

É desta forma que aqui estão os portugueses da Província de Benguela e os que, do Huambo, aqui quiseram estar, também, esta noite, respondendo ao seu generoso convite.

Outros virão, estou certo, atraídos pelas oportunidades que encerra a aposta de Angola na diversificação da sua economia e no combate à macrocefalia da sua capital. Virão, como os que aqui se encontram, no respeito pela grande nação soberana, que Angola é, mas, nem por isso, menos Portugueses na sua vocação para empreender, estender pontes e abrir novos caminhos de esperança, juntamente com os seus irmãos angolanos.

A Vossa Excelência, Senhor Governador, e ao Povo desta Província, deixo uma palavra de admiração pelo muito que alcançaram em oito anos de paz e de confiança nas potencialidades desta terra e das suas gentes.

Aos portugueses, meus compatriotas, deixo a certeza de que podem continuar a contar comigo para acompanhar a sua obra, os seus projectos, os seus anseios e expectativas. Deixo-lhes, também, uma palavra de reconhecimento, que é minha, mas que é, antes de tudo, de Portugal.

Muito obrigado a todos.