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Quero começar por saudar e agradecer a presença, entre nós, do Senhor Governador Provincial da Huíla, um sinal inequívoco do interesse, que ainda há pouco me manifestava no encontro que mantivemos, em ver reforçada a presença empresarial portuguesa nesta bela Província.
Quero, ainda, felicitar calorosamente os organizadores deste Fórum, uma iniciativa que reputo da maior importância e oportunidade.
É com muita satisfação que me dirijo à comunidade empresarial da Huíla, bem como aos empresários que integram a missão promovida conjuntamente pela AICEP e pela AIP, no âmbito da minha Visita de Estado a Angola e que aqui se deslocaram por reconhecerem o potencial que esta região encerra.
É bem conhecida a capacidade empreendedora dos portugueses que aqui se estabeleceram. As suas empresas são um importantíssimo factor de criação de emprego e de desenvolvimento económico e social. A sua experiência merece todo o nosso reconhecimento e constitui uma indicação preciosa para todos quantos quiserem estender a sua actividade à Província da Huíla.
São conhecidos os números do relacionamento económico entre Portugal e Angola. Atestam o muito que, em conjunto, temos sabido construir, e constituem uma clara ilustração da natureza muito particular dos laços que unem portugueses e angolanos.
São números que deixam claro que nada do que ocorre em Portugal é hoje indiferente para Angola, como nada do que se passa em Angola pode ser indiferente aos portugueses.
É muito importante que os empresários portugueses estejam atentos às prioridades de desenvolvimento identificadas pelas autoridades de Angola, porque elas permitem perceber quais os rumos que pretende trilhar esta grande nação amiga e quais as oportunidades que daí resultam.
E Angola tem sido clara relativamente a duas das prioridades que elegeu e que se complementam: a diversificação da sua economia, demasiado dependente de um só recurso, quando é bem conhecido o enorme potencial do país noutros sectores; e a aposta no interior, com o intuito de para aqui trazer mais gente, combatendo a desertificação, promovendo a coesão territorial e aliviando a pressão que incide sobre Luanda.
Qualquer uma destas prioridades contém em si um mundo de oportunidades para os empresários que estiverem atentos.
Falar de uma aposta no interior de Angola, nesta Província, é reconhecer a necessidade de infra-estruturas que ainda se faz sentir, a despeito dos progressos verificados nos últimos anos; é constatar o potencial que oferecem actividades como a agricultura e a agro-pecuária, a exploração florestal, as indústrias alimentares, os bio-combustíveis; é, ainda, antever, um tempo em que turistas de todas as proveniências descobrirão, enfim, a extraordinária beleza desta terra, a grandeza das suas paisagens e a amenidade do seu clima.
Este é, ainda, um terreno fértil para que se afirme a responsabilidade social das empresas, designadamente no apoio à educação, formação e capacitação dos recursos humanos que qualquer processo de desenvolvimento sustentado requer. Ao irem ao encontro desta outra prioridade de desenvolvimento de Angola – a formação de recursos humanos – as empresas estarão, também, a trabalhar pelo seu próprio sucesso.
Por todas estas razões, congratulo-me com a organização deste Fórum Empresarial e, espero, muito sinceramente, que dos contactos que ele já proporcionou e que vier ainda a proporcionar nasçam parcerias que permitam reforçar a presença empresarial portuguesa nesta Província, contribuindo para a melhoria das condições de vida das suas gentes e para o reforço das relações entre Portugal e Angola, que ambos os países desejam.
Muito obrigado.
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