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Cumprimos hoje mais uma etapa e, apesar deste ar de festa, ainda não temos o caminho completamente cumprido. Só o estará quando a Casa das Cores receber os seus primeiros moradores. Esperemos que seja em breve.

É muito bom o que foi feito até aqui, com a união de boas vontades que está sempre na origem destes gestos bonitos como o que celebramos hoje.

Obrigada, Senhor Presidente da Câmara de Lisboa, Dr. António Costa, que soube agarrar o desafio e desencravá-lo, quando nos assustámos com um contratempo que se atravessou no caminho.

Obrigada Tempus e Swatch, por nos ajudarem a chegar aqui a tempo e horas.

Obrigada RTP, por dar voz e imagem ao que estamos a fazer.

Obrigada, Fundação Luís Figo que sempre esteve connosco neste projecto.

Obrigada BPI. Obrigada a tantos outros que, grão a grão, foram canalizando meios para conseguirmos estar hoje todos juntos à espera de finalmente podermos abrir a porta da Casa das Cores.

Sabemos que o Movimento ao Serviço da Vida dará a esta casa o afecto e o calor humano que a transformarão num verdadeiro lar para as crianças que nela se vierem abrigar dos acidentes da vida.

Vítimas inocentes de situações que não controlam e que, sem ajuda, poderão ter consequências muito graves.

Quando o Dr. Pedro Sottomayor lutava para erguer este sonho e tudo parecia apenas um “castelo no ar”, porque lhe faltavam muitos milhares de euros para não perder o edifício que a Câmara de Lisboa tinha posto à disposição do Movimento ao Serviço da Vida, foi capaz de responder com um “Claro que sim! Não acredito noutra coisa”, quando lhe perguntavam se acreditava que ia chegar o financiamento necessário. Temos agora aqui a nossa Casa das Cores toda catita, no seu azul luminoso, a mostrar que a fé move montanhas.

Não há dúvida que o sonho comanda a vida e os que acreditam é que nos mostram o caminho.

Cumpriu-se o sonho, cumpriram-se os prazos.

Quero dizer-vos que poderão contar sempre com o meu apoio no futuro.

Quero desejar um óptimo trabalho a todos os que vão transformar esta casa num lar.

Quero desejar que as crianças que por aqui passarem encontrem um sentido para as suas vidas.

Desejo tanta coisa que nem sou capaz de as dizer todas. Como estamos já a caminho do mês de Dezembro quero também desejar a todos um Santo Natal.

E, quando abrirmos as portas da Casa das Cores, quero ver se está lá dentro à nossa espera a árvore de Natal que o ano passado nos acompanhou no lançamento da primeira pedra.

Lembro-me bem de ter marcado encontro com ela para um ano depois.

Foi no dia 7 de Dezembro de 2007. Menos de um ano passado eu cá estou. Estará ela lá dentro à minha espera?

Maria Cavaco Silva