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Exposição 'Bronzes e Jades da China Antiga' na Coleção José de Guimarães
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INTERVENÇÕES

Intervenções da Dra Maria Cavaco Silva

INTERVENÇÕES

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Discurso da Dra. Maria Cavaco Silva no encerramento do Fórum para as questões da saúde da sociedade civil da CPLP
24 de Julho de 2008

Senhora Ministra da Saúde,
Senhor Dr. Jorge Sampaio,
Senhora D. Adélcia Pires,
Senhoras e Senhores,

É com muito gosto que estou aqui hoje, neste fim de tarde já de verão, para encerrarmos o Fórum para as questões de saúde da sociedade Civil da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP).

Quero dirigir uma palavra de saudação especial ao Dr. Jorge Sampaio pelo seu empenho nestas questões que tanto nos preocupam e para as quais todos não somos demais para encontrarmos as soluções cientifica e humanamente adequadas.

Foi com alegria e muita esperança que verifiquei haver neste Fórum um elevado número de participantes altamente qualificados.

São personalidades de peso nos respectivos países, porque são pessoas com provas dadas nos vários organismos em que travam a sua luta: Fundações, Laboratórios farmacêuticos, Universidades, Hospitais, Misericórdias, Entidades Empresariais Organizações não governamentais.

Isto só pode significar que estamos atentos, que estamos mobilizados, que vamos conseguir.

Vivemos uma época de globalização que, para nós portugueses, não é grande novidade, dado que fomos os seus inventores, com a primeira aldeia global dos séculos XV e XVI.

O espanto que acompanhou as nossas primeiras viagens talvez tenha morrido, porque agora a história acelerou e nós acelerámos com ela.

Agora tudo viaja rapidamente: o bom e o mau.

A sida, a tuberculose, a malária, pelo número brutal de pessoas infectadas no mundo, constituem uma preocupação grande. Transmitem-se, persistem e crescem, apesar do muito que investimos para as eliminarmos.

Já percebemos que neste domínio, como em tantos outros, nada é verdadeiramente eficaz, se não incluir preocupações de ordem social.

Disso tratou este Fórum durante o dia de hoje. Pessoas de tantos países com uma língua e uma vontade comuns reuniram-se para nos mostrar o caminho que deve ser percorrido pela sociedade civil para se atingirem os objectivos que todos sabemos serem necessários para transformar o mundo.

E nós queremos mudar o mundo para melhor.

Temos de lutar para que os tratamentos adequados cheguem às populações que deles necessitam, e sabemos como, por razões várias, isso muitas vezes não acontece.

Já avançámos muito na área da medicação da Sida, por exemplo, depois dos anos oitenta do século passado, em que parecia que não sabíamos nada de nada sobre a praga que nos tinha atingido.

Por outro lado, actualmente assistimos a uma situação nova para a qual não estávamos preparados.

Há risco de emergência de febre amarela e outras febres hemorrágicas em zonas do globo onde isso estava fora de questão, ainda há poucos anos atrás.

Sabemos que há situações trágicas de doenças perfeitamente evitáveis através da melhoria das condições sanitárias ou de campanhas de vacinação.

Como de costume, são as crianças e os idosos os mais atingidos, os elos mais fracos de populações já de si muito fragilizadas por calamidades várias.

A mobilidade é uma característica da nossa época e aqui estamos num Fórum em que isso faz muito sentido, pela sua diversidade tão rica dentro da mesma comunidade linguística.

Mas levanta também novos desafios a que temos de dar resposta. Podemos dizer que também na saúde as fronteiras caíram.

Os transportes rápidos de pessoas e bens e as alterações climáticas estão também a globalizar os problemas de saúde.

E é essa a nova realidade que temos de enfrentar.

O combate à doença exige meios materiais e humanos, exige cooperação entre instituições e Estados.

A realização deste Fórum para as questões de saúde da Sociedade Civil da CPLP, é um exemplo efectivo da vontade de desenvolver vias de cooperação para as questões de saúde da nossa Comunidade.

Esta cooperação, em que Portugal, no âmbito da CPLP e da ONU, se tem colocado na linha da frente, envolve acções nos campos da formação de técnicos, na prevenção e na educação para a saúde.

Mas, para lá da cooperação entre Estados e instituições, há que sublinhar o importantíssimo papel da solidariedade empenhada na promoção do bem comum.

Sei que este Fórum visa longe nos seus objectivos, todos muito necessários e muito difíceis: melhoria na saúde, redução da mortalidade infantil, erradicação da fome e da pobreza, acesso ao ensino, promoção de igualdade de género, para citar só alguns.

Estou certa de que os resultados dos trabalhos deste Fórum serão um importante contributo para a promoção dos valores essenciais em que assenta uma sociedade mais saudável e mais fraterna no espaço da nossa Comunidade.

Muito obrigada a todos pela vossa presença aqui hoje e pelo vosso trabalho nesta causa comum.

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