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Comemorações do Dia de Portugal, de Camões e das Comunidades Portuguesas
Comemorações do Dia de Portugal, de Camões e das Comunidades Portuguesas
Lamego, 9 de junho de 2015 ler mais: Comemorações do Dia de Portugal, de Camões e das Comunidades Portuguesas

INTERVENÇÕES

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Declaração do Presidente da República por ocasião dos 50 Anos da Assinatura do Tratado de Roma
Palácio de Belém, 25 de Março de 2007

Faz hoje precisamente 50 anos que foi assinado o Tratado de Roma, que instituiu a Comunidade Económica Europeia. É um marco histórico para a Europa e para o Mundo.

Nunca, como nestes cinquenta anos, a paz no continente europeu foi tão consistente e tão duradoura; nunca os europeus conheceram um período de tão intenso desenvolvimento económico e social.

De uma Europa dividida, cheia de antagonismos e dilacerada pela guerra, passámos para uma Europa que se uniu em torno de uma nova solidariedade. Essa solidariedade tem um nome: integração europeia.

Um longo caminho foi percorrido. Da União Aduaneira até ao mercado único, e do mercado único até ao euro, a integração consolidou-se e a Europa é hoje o maior bloco económico do Mundo. A Comunidade Económica Europeia de 1957 transformou-se na União Europeia de hoje.

O alargamento é outra demonstração do sucesso da construção europeia. De seis Estados iniciais a União Europeia engloba agora vinte e sete membros e outros candidatos aspiram à adesão.

A integração europeia tem sido uma verdadeira âncora de paz, estabilidade e progresso para o continente europeu. A queda do muro de Berlim e a implosão do regime soviético também decorreram do sucesso da integração europeia.

Muito foi feito, mas há ainda muito caminho por fazer.

A União Europeia tem de encontrar agora as respostas para os desafios do nosso tempo. Desde logo o desafio económico e social, no quadro da globalização. Mas também o desafio energético e das alterações climáticas e o desafio da segurança, hoje debaixo de novas e complexas ameaças.

A União Europeia carece de um novo fôlego político que lhe permita decidir e agir com mais legitimidade democrática, mais eficiência e maior coesão.

É o próprio Mundo que reclama uma maior intervenção da Europa em defesa da paz, da estabilidade e equilíbrio das relações internacionais.

Portugal, em boa hora, aderiu em 1986 e tem sido, desde então um parceiro estável, empenhado e solidário. Muito tem beneficiado da adesão, não só no domínio do desenvolvimento económico, mas também na sua projecção externa.

Muito tem também Portugal contribuído para a integração europeia, com a sua identidade e o seu carácter, com a sua vocação externa e capacidade para estabelecer pontes entre regiões e civilizações.

O nosso País vai exercer, no próximo semestre, a presidência do Conselho da União Europeia. Será a terceira vez que o fará e, à semelhança das anteriores, espera-se que o faça de modo a prestigiar Portugal. A convergência de esforços e a mobilização de todos os intervenientes é um imperativo nacional. Imperativo a que me associo como Presidente da República.

© Presidência da República Portuguesa - ARQUIVO - Aníbal Cavaco Silva - 2006-2016

Acedeu ao arquivo da Página Oficial da Presidência da República entre 9 de março de 2006 e 9 de março de 2016.

Os conteúdos aqui disponíveis foram colocados na página durante aquele período de 10 anos, correspondente aos dois mandatos do Presidente da República Aníbal Cavaco Silva.