Bem-vindo à página ARQUIVO 2006-2016 da Presidência da República Portuguesa

Nota à navegação com tecnologias de apoio

Nesta página encontra 2 elementos auxiliares de navegação: motor de busca (tecla de atalho 1) | Saltar para o conteúdo (tecla de atalho 2)
Visita ao Centro de Formação  da Escola da Guarda (GNR)
Visita ao Centro de Formação da Escola da Guarda (GNR)
Portalegre, 11 de fevereiro de 2016 ler mais: Visita ao Centro de Formação  da Escola da Guarda (GNR)

PRESIDENTE da REPÚBLICA

INTERVENÇÕES

Clique aqui para diminuir o tamanho do texto| Clique aqui para aumentar o tamanho do texto
Intervenção do Presidente da República na inauguração da nova fábrica de papel da Portucel-Soporcel
Setúbal, 6 de Novembro de 2009

Senhor Presidente do Grupo Portucel,
Senhor Ministro da Economia e da Inovação,
Senhora Presidente da Câmara Municipal de Setúbal,
Minhas Senhoras e meus Senhores,

A fábrica do Grupo Portucel que acabamos de inaugurar impressiona pela grandeza do investimento em causa – cerca de 620 milhões de euros –, pela grandeza e sofisticação da máquina de produção de papel de escritório, pela tecnologia de ponta que é utilizada.

Mas, do ponto de vista do interesse nacional, não é esta grandeza que é verdadeiramente relevante.

Do ponto de vista do interesse de Portugal, o que é verdadeiramente importante é o contributo desta fábrica para o aumento da produtividade e da competitividade da economia portuguesa, no plano internacional.

Este é um factor decisivo para que o país ultrapasse as suas dificuldades e reencontre uma trajectória de crescimento económico sustentável.

Do ponto de vista do interesse nacional, o que é verdadeiramente importante é o contributo desta fábrica para a produção de bens transaccionáveis no mercado internacional. O seu contributo para o aumento da capacidade exportadora do nosso país.

É aí que está a chave da recuperação económica de Portugal. É aí que está a chave do desenvolvimento sustentável do nosso país e, consequentemente, uma economia capaz de gerar empregos duradouros, que remunere condignamente os nossos trabalhadores.

Mas, o que é, também, importante é a qualidade da produção que esta fábrica vai permitir. Produção com elevado conteúdo tecnológico, com a capacidade para aproveitar devidamente todos os factores de competitividade, com uma marca própria, a capacidade para satisfazer mercados muito exigentes.

É por isso que a esta fábrica está associado um valor acrescentado nacional de grande dimensão, em boa parte devido à aposta consistente do Grupo Portucel na inovação e na investigação.

Mas, também importante, é o contributo deste investimento que hoje inauguramos para o aproveitamento eficiente de uma das nossas vantagens competitivas – a floresta.

E fá-lo respeitando as regras ambientais.

Oxalá sejamos capazes de aproveitar, com a mesma eficiência, uma outra vantagem competitiva de que o nosso país dispõe, que é o mar. A nossa enorme zona económica exclusiva.

A floresta representa cerca de 40% da superfície de Portugal continental. E ser gerida de forma sustentável contribui de forma muito significativa para a criação de riqueza e para o desenvolvimento local.

E a eficiência que este investimento introduz reforça o valor económico e social da nossa floresta, permitindo remunerar melhor os proprietários florestais e induzir a criação de muitos empregos, para além daqueles que são criados directamente por esta fábrica que hoje inauguramos.

A Portucel é um exemplo entre muitas outras empresas portuguesas que desenvolvem um esforço para conquistar competitividade no mercado internacional, através de investimento reprodutivo, da inovação nos produtos e nos processos, da criatividade na modernização tecnológica.

São empresas que merecem uma atenção muito particular dos poderes públicos, em particular as pequenas e médias empresas inovadoras.

Desde há muito tempo que digo e escrevo que o desafio fundamental que Portugal enfrenta é o da competitividade das nossas empresas no plano global.

É aí que está a separação, que está a diferença entre a estagnação continuada da nossa economia e o seu crescimento sustentável.

Daí que não possamos deixar de atribuir prioridade àqueles investimentos que permitem aumentar a produção de bens transaccionáveis e que são competitivos no mercado internacional.

Na conjuntura actual, exemplos como este devem ser sublinhados, devem ser tornados visíveis, para nos ajudarem a encontrar um rumo de futuro que reforce a confiança na sociedade portuguesa e que traga aos Portugueses a certeza de que seremos capazes de vencer.

Esta fábrica é um bom exemplo. É um sinal de esperança. Está de parabéns a Soporcel. Estão de parabéns os seus accionistas, os seus gestores, os seus trabalhadores, todos aqueles que contribuíram para a construção desta fábrica.

O Grupo Portucel é obra de muitos. Mas na base do grupo está a visão estratégica, a capacidade empreendedora, a capacidade de inovação e de realização de um homem – Pedro Queiroz Pereira.

E penso que é de toda a justiça reconhecer publicamente o contributo que este homem tem dado para a criação de riqueza e de emprego no nosso país.

Foi por isso que decidi aproveitar esta ocasião para agraciar Pedro Queiroz Pereira com a Grã-Cruz da Ordem do Mérito Industrial, o que irei fazer com uma grande satisfação para mim próprio.

© Presidência da República Portuguesa - ARQUIVO - Aníbal Cavaco Silva - 2006-2016

Acedeu ao arquivo da Página Oficial da Presidência da República entre 9 de março de 2006 e 9 de março de 2016.

Os conteúdos aqui disponíveis foram colocados na página durante aquele período de 10 anos, correspondente aos dois mandatos do Presidente da República Aníbal Cavaco Silva.