Bem-vindo à página ARQUIVO 2006-2016 da Presidência da República Portuguesa

Nota à navegação com tecnologias de apoio

Nesta página encontra 2 elementos auxiliares de navegação: motor de busca (tecla de atalho 1) | Saltar para o conteúdo (tecla de atalho 2)
Cerimónia de despedida das Forças Armadas
Cerimónia de despedida das Forças Armadas
Lisboa, 17 de fevereiro de 2016 ler mais: Cerimónia de despedida das Forças Armadas

PRESIDENTE da REPÚBLICA

INTERVENÇÕES

Clique aqui para diminuir o tamanho do texto| Clique aqui para aumentar o tamanho do texto
Intervenção do Presidente da República na Cerimónia de Comemoração dos 99 anos da Proclamação da República
Palácio de Belém, 5 de Outubro de 2009

Assinalam-se hoje 99 anos sobre a data da implantação da República. As cerimónias comemorativas obedecem este ano a um formato diferente do habitual, tendo em conta a proximidade da realização das eleições autárquicas.

À semelhança do que ocorreu noutras situações do passado, em que decorriam campanhas eleitorais para as autarquias, foi concertado com a Câmara Municipal de Lisboa que não teria lugar a tradicional cerimónia na Praça do Município com a presença do Presidente da República.

Não quis, no entanto, deixar de assinalar esta efeméride, fazendo-o a partir do Palácio de Belém, o qual se encontra aberto a todos os que o queiram visitar.

Existe, aliás, uma razão acrescida para visitar o Palácio de Belém nestes dias: o Museu da Presidência da República perfaz o seu quinto aniversário e foram lançadas diversas iniciativas culturais a que todos os cidadãos têm acesso.

Em 2010, a República fará 100 anos de existência. Actuando na dependência do Governo, uma Comissão presidida pelo Dr. Artur Santos Silva encontra-se a preparar as comemorações do centenário da República.

Essa data deve ser uma ocasião de festa mas também um momento de reflexão. Acima de tudo, deve representar um traço de união de todos os Portugueses. Devemos unir-nos em torno dos grandes ideais republicanos. Ideais que exigem, da parte dos agentes políticos, um esforço acrescido para a concretização da ética republicana e para a transparência na vida pública. Ideais que exigem, da parte dos cidadãos, uma atitude cívica mais empenhada e mais activa na defesa de uma República onde todos se revejam.

A República desconhece privilégios de nascimento, porque premeia o mérito e a vontade de alcançar uma vida melhor. É um regime de inclusão, que tem de conceder oportunidades iguais para a realização pessoal, familiar e profissional das pessoas.

Numa República, não podem existir barreiras artificiais entre o poder e o povo. Os governantes têm de conhecer a realidade do País. E os cidadãos, por seu turno, têm o dever de participar na vida cívica, ao invés de se queixarem sistematicamente do Estado ou da classe política.

Temos de vencer a tendência para nos lamentarmos de tudo e de todos, e de pouco fazermos para melhorar o que é de tudo e que é de todos.

É esta a República que comemoramos este ano e cujo centenário irá ser comemorado em 2010.

Comemoramos uma República de cidadãos livres e iguais, que merecem o respeito dos governantes.

Uma República de pessoas, com aspirações e problemas concretos. Pessoas cujas preocupações e anseios têm de ser escutados, sobretudo nos momentos mais difíceis.

Ao fim de cem anos de República, é tempo de sabermos o que queremos para o nosso futuro, o caminho que queremos trilhar.

Saúdo os Portugueses e apelo a que todos sintam que a República não é uma palavra vã. Portugal é a nossa terra, aqui vivemos e aqui temos as nossas raízes.

Em nome de Portugal, façam o que está ao vosso alcance para que os nossos filhos vivam numa República melhor, num País mais próspero, mais justo e solidário.

© Presidência da República Portuguesa - ARQUIVO - Aníbal Cavaco Silva - 2006-2016

Acedeu ao arquivo da Página Oficial da Presidência da República entre 9 de março de 2006 e 9 de março de 2016.

Os conteúdos aqui disponíveis foram colocados na página durante aquele período de 10 anos, correspondente aos dois mandatos do Presidente da República Aníbal Cavaco Silva.