Bem-vindo à página ARQUIVO 2006-2016 da Presidência da República Portuguesa

Nota à navegação com tecnologias de apoio

Nesta página encontra 2 elementos auxiliares de navegação: motor de busca (tecla de atalho 1) | Saltar para o conteúdo (tecla de atalho 2)
Visita às salinas
Visita às salinas
Rio Maior, 3 de fevereiro de 2016 ler mais: Visita às salinas

PRESIDÊNCIA DIRETA

Veja as Imagens | ATUALIDADE

Presidente da República fez declaração no final da reunião do Conselho de Estado (1)
Presidente da República fez declaração no final da reunião do Conselho de Estado (2)
Presidente da República fez declaração no final da reunião do Conselho de Estado (3)
Presidente da República fez declaração no final da reunião do Conselho de Estado (4)
Presidente da República fez declaração no final da reunião do Conselho de Estado (5)
Presidente da República fez declaração no final da reunião do Conselho de Estado (6)
Presidente da República fez declaração no final da reunião do Conselho de Estado (7)
Presidente da República fez declaração no final da reunião do Conselho de Estado (8)

Clique na imagem para ampliar.

ATUALIDADE

Clique aqui para diminuir o tamanho do texto| Clique aqui para aumentar o tamanho do texto
Declaração do Presidente da República

Declaração do Presidente da República

Presidente da República fez declaração no final da reunião do Conselho de Estado

O Presidente da República presidiu à reunião do Conselho de Estado, que convocou com dois pontos na ordem de trabalhos - o Orçamento do Estado para 2011 e a situação política - tendo no final proferido uma declaração à comunicação social.

É o seguinte o teor da declaração do Presidente Aníbal Cavaco Silva:

"Reuni hoje o Conselho de Estado para ouvir a opinião deste órgão sobre a actual conjuntura política, relacionada com o Orçamento do Estado para 2011.

Decidi convocar o Conselho de Estado porque, na situação a que o País chegou, a aprovação do Orçamento é fundamental para a obtenção de empréstimos externos por parte do Estado, das instituições bancárias e dos diversos agentes económicos.

A nossa economia não consegue funcionar satisfatoriamente sem recurso ao crédito externo.

Esta situação resulta de um problema para o qual venho alertando há muito tempo e que agora está à vista de todos: o grave desequilíbrio das nossas contas externas e o nível muito elevado do endividamento do País relativamente a entidades estrangeiras, a que se juntou a crise financeira internacional.

Neste contexto, se o Orçamento do Estado não for aprovado, ocorrerá uma drástica redução na concessão de crédito às empresas e às famílias, o que conduzirá a uma contracção da economia e a um agravamento ainda maior do desemprego.

Conheço de perto as dificuldades que desde há algum tempo Portugal tem enfrentado na obtenção de empréstimos externos a taxas de juro aceitáveis. Por isso, acompanho atentamente, há vários meses, todas as questões políticas relacionadas com o Orçamento do Estado para 2011.

Em finais de Setembro, antes da apresentação do Orçamento do Estado na Assembleia da República, surgiu publicamente a possibilidade de uma crise política associada a uma eventual não aprovação do Orçamento.

Em face disso, reuni de imediato com os partidos políticos representados na Assembleia da República. Por outro lado, com a discrição que se impõe nestas circunstâncias, tenho mantido um contacto permanente com o Governo e com dirigentes partidários.
A todos alertei para as graves consequências de uma crise política, tendo sublinhado muito claramente a necessidade de, em nome do superior interesse nacional, se realizar um esforço de negociação com vista a alcançar um compromisso que permitisse a viabilização do Orçamento do Estado.

Referi também aos partidos e aos seus dirigentes que, uma vez que, nos termos da Constituição, o Presidente da República não pode actualmente dissolver a Assembleia da República e convocar novas eleições, a ocorrência de uma crise política não poderia ser resolvida antes de se verificar uma deterioração acentuada da nossa situação económica, o que afectaria de forma muito grave a vida de todos os cidadãos e das suas famílias.

No sábado passado, como é do conhecimento público, iniciaram-se negociações entre o Governo e o maior partido da oposição, as quais, no decurso desta semana, chegaram a um impasse.

Decidi de imediato ouvir os membros do Conselho de Estado, os quais se pronunciaram no sentido de o Governo e os partidos representados na Assembleia da República realizarem um esforço adicional para chegar a um compromisso tão rapidamente quanto possível e antes da próxima quarta-feira, dia em que terá lugar a votação na generalidade da proposta de Orçamento para 2011.

No dia de hoje, o Governo e o maior partido da oposição manifestaram abertura para alcançar o entendimento desejável à aprovação do Orçamento.

Em democracia, um Governo que não dispõe de maioria no Parlamento deve procurar os entendimentos necessários para assegurar a governação do País. Aos partidos da oposição, por sua vez, exige-se abertura para o compromisso.

Enquanto Presidente da República, tenho a obrigação de voltar a dizer claramente aos Portugueses que a actual situação financeira do País é muito grave e não se compadece com atitudes que levem à abertura de uma crise política.

Num tempo como este que vivemos, em que tantos sacrifícios se pedem aos Portugueses, ninguém pode demitir-se das suas responsabilidades.

Confio no sentido de responsabilidade do Governo e da oposição. Por isso, espero convictamente que se chegue a um entendimento que permita a aprovação, pela Assembleia da República, do Orçamento do Estado para 2011.

Boa noite."

29.10.2010

MULTIMÉDIA

  • Declaração do Presidente da República no final da Reunião do Conselho de Estado

    Palácio de Belém, Lisboa

© Presidência da República Portuguesa - ARQUIVO - Aníbal Cavaco Silva - 2006-2016

Acedeu ao arquivo da Página Oficial da Presidência da República entre 9 de março de 2006 e 9 de março de 2016.

Os conteúdos aqui disponíveis foram colocados na página durante aquele período de 10 anos, correspondente aos dois mandatos do Presidente da República Aníbal Cavaco Silva.