A candidata percorreu ao longo da sua vida países como Itália, Suiça, Inglaterra, Brasil e os EAU (Dubai). Chegou a hospedeira de bordo na Emirates Airline. Um dia, em Abril de 2005, realizou um voo de serviço Dubai – Dhaka. Um voo com uma escala de vinte e quatro horas passadas em Dhaka. Resolveu sair do hotel Sheraton onde a Emirates alojava as tripulações. Dirigiu-se ao porteiro do hotel e perguntou-lhe que lugares seriam interessantes para visitar em Dhaka. Este respondeu que ali, só se fosse visitar orfanatos ou hospitais. Ao deparar-se com a realidade ficou chocada. Em Maio, mês do seu aniversário, em que e segundo palavras da candidata, era hábito passar umas férias fúteis em qualquer ilha paradisíaca, Maria resolveu fazer uma mudança radical no seu modo de vida.

Vendeu todos os objectos, roupas e ornamentos supérfluos que tinha no seu apartamento, levantou as suas economias do banco, pediu a amigos e colegas que lhe doassem tudo o que já não lhes fosse necessário, influenciou alguns a ajudá-la, e partiu para Dhaka com toda a carga que lhe foi possível e com dinheiro para iniciar algo que contribuísse para aliviar as pessoas daquele horror. Em Julho de 2005 foi então inaugurado o The Dhaka Project. E as instalações começaram a aumentar. Os alunos também assim como as famílias que foram trazidas para local mais seguro em Gawair. Um projecto de apoio a crianças, com criação de infra-estruturas próprias. Encetou parcerias, criou uma escola e permaneceu no Dubai para angariar fundos que servissem de sustento ao Projecto que criou. A candidata dedicou-se ao projecto a tempo inteiro, ganhou a confiança de centenas de voluntários e milhares de patrocinadores /doadores. Passou a viver sem luxos nem férias mirabolantes numa dedicação sem limites às crianças de Dhaka.