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A atracção económica do Luxemburgo
O Luxemburgo é um dos países fundadores da Comunidade Económica Europeia, agora União Europeia. Apesar da sua reduzida dimensão geográfica, o grão-ducado do Luxemburgo tem tido uma presença muito activa no contexto europeu, liderando por exemplo em muitas matérias.
O Luxemburgo é o país da União Europeia que regista os maiores níveis de rendimento per capita e de produtividade por trabalhador. O rendimento nacional bruto per capita no Luxemburgo foi o mais elevado no mundo em 2005 (dados do Banco Mundial), enquanto a produtividade por trabalhador supera em mais de 60% a produtividade média na União Europeia. Este último dado justifica os elevados níveis salariais e a atracção que este pequeno país exerce sobre trabalhadores provenientes de outras origens, em particular de Portugal.
Outra dimensão exemplar da economia luxemburguesa no contexto europeu é a relativa equidade na distribuição do rendimento e os níveis reduzidos de risco de pobreza. Apesar de tudo a carga fiscal sobre o trabalho no Luxemburgo é das mais baixas na União Europeia, quando calculada com base na taxa implícita de imposto – um facto compensado pela elevada carga fiscal sobre o consumo.
A taxa de desemprego no Luxemburgo situou-se, no final de 2006, abaixo dos 5%, o que constitui um dos valores mais baixos na União Europeia. Este dado é consistente com uma exigência cada vez maior a nível do recrutamento das empresas. Para além disso, o trabalho no Luxemburgo tende a ser cada vez mais qualificado face à estrutura da própria economia.
A economia luxemburguesa assenta, em larga medida, na área dos serviços. Mais de 80% da população activa trabalha neste sector. Aliás, o Luxemburgo é o país da União Europeia onde o sector dos serviços assume a maior importância relativa no contexto da economia não-financeira, quando medida a partir do valor acrescentado bruto do sector.
Um dos principais factores de desenvolvimento da economia luxemburguesa é o influxo de capitais estrangeiros, que mais do que compensa o forte (e natural) défice comercial. A balança corrente luxemburguesa tem apresentado excedentes anuais equivalentes a cerca de 10% do PIB. Nos últimos 10 anos, a economia do Luxemburgo tem crescido a uma taxa média de 5% ao ano – um valor superado em 2006 –, e o emprego aumentou a um ritmo anual superior a 3,5%.
No plano simbólico, o exemplo do Luxemburgo demonstra que a dimensão de um país não determina o nível de vida dos seus cidadãos.
Professora de Economia, 33 anos
09.03.2007
09.03.2007
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