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Quero começar por agradecer a vossa presença e dar-vos conta da satisfação que sinto por terem acedido, de forma tão numerosa, ao meu convite para aqui estarem, esta tarde.
Quis que o programa desta minha Visita de Estado a Angola incluísse esta oportunidade para estar convosco, principalmente por duas razões.
A primeira delas é para vos ouvir e para conhecer de mais perto a vossa experiência de vida por estas paragens. Tenho procurado estar atento ao sentir e às expectativas das nossas comunidades que residem no exterior. Criei, aliás, uma Assessoria especialmente para me auxiliar nesse domínio e é com as nossas comunidades no exterior que tenho passado todos os aniversários do meu mandato.
Sei que as razões que vos trouxeram até Angola são as mais diversas. Mas sei, também, que, independentemente do percurso e da história pessoal de cada um, há em todos vós, para além da vontade de vencer nesta terra, um forte amor à nossa Pátria, a Portugal.
E isto conduz-me à segunda das principais razões por que quis estar convosco, nesta minha visita: para vos agradecer. Agradecer-vos, como vosso Presidente, em nome do nosso País, a imagem que dele transmitis, através do vosso esforço, da vossa dedicação, da vossa honestidade e da vossa capacidade profissional e empreendedora.
Agradecer-vos, também, pelo exemplo que sois, para os Portugueses, neste tempo de dificuldades que o nosso País enfrenta. Exemplo, na medida em que, na experiência de cada um de vós, está a marca de alguém que não se resignou, que ousou arriscar, que ousou procurar algo melhor, que ousou investir em si próprio e nas suas capacidades.
Está em vós, em suma, aquilo que fez de Portugal uma grande nação, essa gente valorosa de que falava o Poeta. E que nos levará, tenho a certeza, a ultrapassar as dificuldades presentes, revigorados pela confiança de termos provado que somos capazes.
Agradecer-vos, ainda, pelo contributo que a vossa presença e a vossa acção constituem para o reforço das nossas relações com Angola.
Sei que, também em Angola, se sentiram os efeitos da crise económica e financeira e que isso teve efeitos na vida das empresas portuguesas que aqui estão, começando, desde logo, pelas pequenas e médias empresas. Sei, também, que há empecilhos burocráticos que persistem e que não facilitam o exercício da vossa actividade. Sei, ainda, que há apelos a um maior nível de certeza jurídica nas relações comerciais e no tratamento dos processos judiciais.
Esses e muitos outros são os temas dos meus contactos com as autoridades angolanas.
Os contactos havidos não me deixam dúvidas de que as autoridades angolanas, como nós, atribuem um valor estratégico às relações e à cooperação com Portugal. Espero, agora, que, ao nível adequado, seja dado seguimento concreto aos sinais positivos que me chegaram.
Termino, desejando a todos vós os maiores sucessos. Sucessos profissionais, pessoais e familiares. E dizendo-vos que podem continuar a contar comigo para estar atento aos vossos problemas, aos vossos projectos e expectativas.
Muito obrigado a todos.
© 2010 Presidência da República Portuguesa