Tal como foi definido, no discurso proferido pelo Senhor Presidente da República por ocasião da 1ª jornada, o Roteiro para a Ciência traduz-se em visitas a estabelecimentos de ensino superior, unidades de I&D, Laboratórios Associados, Laboratórios de Estado, incubadoras de empresas, parques de ciência e tecnologia e empresas, tendo por objectivo:
- Valorizar o papel dos cientistas na abertura das novas vias do conhecimento, na concretização dos objectivos de desenvolvimento sustentável e na afirmação internacional do nosso país. As mulheres e os homens da Ciência, aqueles que enveredaram por uma vida de muito estudo e de luta diária para romper as fronteiras do conhecimento são cruciais ao futuro de Portugal e merecem reconhecimento. Portugal precisa de conhecer os seus cientistas, de valorizar o seu papel e de estimar os serviços que prestam à comunidade. Precisamos de fazer despontar novas e muitas vocações para as actividades de I&D.
- Mostrar os bons exemplos que merecem ser replicados. Exemplos de:
- Cooperação entre Universidades, Instituições de I&D e Empresas tanto no desenho dos projectos de investigação como na plena exploração dos resultados.
- Participação em redes e em processos de transferência do conhecimento.
- Constituição de massa crítica, contrária a uma entorpecedora fragmentação.
- Empresas tradicionais que se tornam mais competitivas à medida que deixaram penetrar a inovação de base tecnológica.
- Novas empresas de base tecnológica criadas a partir de projectos de investigação científica.
- Boa gestão da propriedade intelectual, de angariação de capital de risco e de comercialização eficiente.
- Convocar uma nova atitude no esforço nacional em torno da investigação e desenvolvimento. Mais do que aleatoriedade ou voluntarismo, Portugal precisa de apostar no investimento privado em I&D, de assegurar a reprodutividade do investimento público e de ser eficiente no acesso a fontes internacionais e comunitárias de financiamento directo. Por cada novo euro investido em I&D, temos de ser capazes de publicar mais artigos científicos, de registar mais patentes, de celebrar novos contratos de transferência de conhecimento, de criar novos produtos e novas empresas de base tecnológica.
- Convocar a cultura empreendedora. Num mundo globalizado, é preciso arriscar. É verdade que há bem mais do que um caminho para chegar à inovação empresarial, mas não há seguramente nenhum mais robusto, mais eficiente e mais reprodutivo do que aquele que parte da aposta na investigação e no desenvolvimento. É preciso incentivar os cientistas a integrarem, no desenho da sua investigação, as necessidades das empresas e, até, a criarem as suas próprias empresas. É preciso incentivar os empresários a desenvolverem uma cultura de maior permeabilidade aos bons resultados da investigação científica.
- Dar visibilidade a alguns nichos de investigação, de desenvolvimento e de inovação num quadro de valorização dos recursos humanos, de criação de emprego e de competitividade da nossa economia. Portugal tem de tirar partido das suas vantagens comparativas, das apostas na formação e no apetrechamento tecnológico que realizou nalgumas áreas e de focalizar as suas prioridades. Temos, em alguns sectores, verdadeiras condições para consolidar regiões de conhecimento e de competitividade.
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