Bem-vindo à página ARQUIVO 2006-2016 da Presidência da República Portuguesa

Nota à navegação com tecnologias de apoio

Nesta página encontra 2 elementos auxiliares de navegação: motor de busca (tecla de atalho 1) | Saltar para o conteúdo (tecla de atalho 2)
Cerimónia de despedida das Forças Armadas
Cerimónia de despedida das Forças Armadas
Lisboa, 17 de fevereiro de 2016 ler mais: Cerimónia de despedida das Forças Armadas

INTERVENÇÕES

Clique aqui para diminuir o tamanho do texto| Clique aqui para aumentar o tamanho do texto
Discurso do Presidente da República na Recepção em honra da Comunidade Portuguesa de Cabo Verde
Residência da Embaixada de Portugal, Cidade da Praia, 6 de Julho de 2010

Senhores Membros do Governo,
Senhores Deputados,
Senhora Embaixadora,
Minhas Senhoras e meus Senhores,
Caros Compatriotas,

Quero começar por agradecer a presença de todos vós. Quero, também, dirigir uma especial palavra de agradecimento à Senhora Embaixadora e, através dela, a todo o pessoal da Embaixada de Portugal, pelo empenho e dedicação que colocaram na preparação desta minha Visita.

Caros Concidadãos,

A nossa comunidade em Cabo Verde é, por assim dizer, a guarda-avançada de Portugal neste país, o que constitui, sem dúvida, uma grande responsabilidade.

A vossa presença em Cabo Verde ilustra o que os Portugueses têm de melhor: o espírito de iniciativa e de risco, aliado a uma extraordinária capacidade para dialogar com o outro e para se integrar nas comunidades de destino, respeitando as suas tradições, absorvendo a sua cultura.

Saúdo-vos por isso, por serem exemplo dos traços distintivos do que chamaria de portugalidade. Uma portugalidade renovada, aberta, que se manifesta aqui, em Cabo Verde, sem complexos passadistas, respeitando o que esta jovem nação tem para nos oferecer e ensinar.

Tenho assinalado, muitas vezes, as vantagens da articulação entre as vertentes política, económica e cultural da acção externa. E tenho, igualmente, sublinhado com frequência a responsabilidade social que incumbe às empresas.

Do que me dizem as próprias autoridades cabo-verdianas, a presença portuguesa neste país é um exemplo da aplicação e do sucesso destes princípios. Muitas das nossas empresas têm estado na origem ou na vanguarda de importantes projectos de alcance social, em domínios tão meritórios quanto o combate à pobreza e a promoção da educação e da cultura. A Senhora Embaixadora deu-me conta, por seu lado, dos apoios significativos com que tem podido contar para as iniciativas de divulgação da língua e cultura portuguesas.

Esta notável atitude cívica, para lá de ter óbvios impactos positivos na imagem das empresas envolvidas, constitui um importantíssimo contributo para o excelente relacionamento entre Portugal e Cabo Verde. E a verdade é que, quanto melhor for este relacionamento, tanto melhor para as empresas e para o geral da nossa comunidade.

Uma comunidade dinâmica e empreendedora, presente nos mais variados sectores de actividade. Uma comunidade, dizem-no os números, em acentuado crescimento, dado que traduz o reforço a que vimos assistindo no relacionamento político, económico e cultural entre Portugal e Cabo Verde.

Pergunto-me se não terá chegado o tempo de reflectir sobre a organização da comunidade em estruturas mais institucionalizadas, que constituam espaços de debate e de reflexão sobre a melhor forma de promover a nossa imagem e cultura, e a língua que partilhamos com Cabo Verde. Espaços que favoreçam iniciativas conjuntas, reunindo as múltiplas valências em que se afirma a presença portuguesa neste país. Um país que nos está tão próximo do coração.

É que, sendo muito diversos os motivos por que aqui estamos, há um factor que nos é comum: gostamos de Cabo Verde. Gostamos muito de Cabo Verde. Os cabo-verdianos sabem-no e, acima de tudo, sentem-no. As nossas relações são feitas de interesses comuns e de respeito mútuo, mas, também, de um afecto recíproco e genuíno.

O convite que me foi endereçado pelo Presidente Pedro Pires, para estar presente nas comemorações dos 35 anos de independência de Cabo Verde, num ano em que o País comemora, igualmente, os 550 anos do Descobrimento, bem como a Visita de Estado que hoje iniciei são sinais muito claros de uma relação que é mais do que amiga, é fraternal.

Mas os afectos precisam de ser alimentados. Não basta proclamar sentimentos. É necessário concretizá-los em gestos e em obras. Os que aqui se encontram são pessoas que querem ver obra feita, que anseiam para que se passe das palavras aos actos. Os agentes políticos devem compreender esse anseio e apoiar a sua concretização.

Agradeço, de novo, a vossa presença. Agradeço, em nome de Portugal, tudo aquilo que cada um de vós, no seu ramo de actividade, com o seu esforço e dedicação, faz, todos os dias, pelo nosso País.

© Presidência da República Portuguesa - ARQUIVO - Aníbal Cavaco Silva - 2006-2016

Acedeu ao arquivo da Página Oficial da Presidência da República entre 9 de março de 2006 e 9 de março de 2016.

Os conteúdos aqui disponíveis foram colocados na página durante aquele período de 10 anos, correspondente aos dois mandatos do Presidente da República Aníbal Cavaco Silva.