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Cerimónia de agraciamento do Eng. António Guterres
Cerimónia de agraciamento do Eng. António Guterres
Palácio de Belém, 2 de fevereiro de 2016 ler mais: Cerimónia de agraciamento do Eng. António Guterres

INTERVENÇÕES

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Intervenção do Presidente da República na Cerimónia de Entrega do Prémio Mediterrâneo Instituzione 2009
Nápoles, 12 de Junho de 2009

Senhor Presidente da Região da Campania,
Senhor Presidente da Fundação Mediterrâneo
Ilustres Autoridades
Senhoras e Senhores

Quero agradecer a distinção com que a Fundação Mediterrâneo entendeu honrar-me, ao atribuir-me o Prémio Mediterrâneo Instituzione 2009, bem como as amáveis palavras que me foram dirigidas.

Permitam-me que comece por prestar uma justa homenagem à Fundação Mediterrâneo. A Fundação Mediterrâneo tem, ao longo dos últimos anos, desempenhado um papel fundamental no diálogo e na cooperação entre as duas margens do Mediterrâneo e isso mesmo tem sido reconhecido pela União Europeia. Ao promover a aproximação entre pessoas e realidades culturais diversas, a acção da Fundação constitui um importantíssimo contributo para a paz, a estabilidade e o desenvolvimento económico e social que todos desejamos para esta região.

Esta atitude é aquela com que me identifico e que tenho procurado imprimir à minha acção política.

Portugal, fruto da sua História e da sua situação geográfica, tem frequentemente desempenhado o papel de ponte entre povos e culturas. Entendo que essa vocação deve estar particularmente presente na nossa vizinhança mais imediata, como é o caso do Mediterrâneo. É essencial promover esta noção de pertença a um mesmo espaço, cuja riqueza muito deve à diversidade cultural que o caracteriza.

Não falta suporte institucional ao diálogo mediterrânico. A União para o Mediterrâneo é o exemplo mais recente. Portugal está firmemente empenhado no sucesso da União para o Mediterrâneo e espera, sinceramente, que seja possível ultrapassar as dificuldades que vêm impedindo que o seu funcionamento se processe de forma mais fluida.

Mas que fique claro: de nada valerão as construções políticas e institucionais, se o diálogo não chegar aos nossos cidadãos, se estes não se sentirem verdadeiros actores do diálogo. É por isso que o papel de organizações com os objectivos da Fundação Mediterrâneo são fundamentais e é por isso que a sua acção deve ser constantemente apoiada e acompanhada pelas lideranças políticas.

Vejo este Prémio como um sinal do reconhecimento, que muito me honra, mas também como um estímulo. Pode a Fundação Mediterrâneo contar com o meu empenho numa política de aproximação e de diálogo entre as duas margens deste Mar que devemos ver como traço de união. Porque acredito firmemente que é essa a única via capaz de garantir o futuro de bem estar e de desenvolvimento a que têm direito as próximas gerações, independentemente da margem do Mediterrâneo que ocupem.

Muito Obrigado.

© Presidência da República Portuguesa - ARQUIVO - Aníbal Cavaco Silva - 2006-2016

Acedeu ao arquivo da Página Oficial da Presidência da República entre 9 de março de 2006 e 9 de março de 2016.

Os conteúdos aqui disponíveis foram colocados na página durante aquele período de 10 anos, correspondente aos dois mandatos do Presidente da República Aníbal Cavaco Silva.