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PRESIDENTE da REPÚBLICA

INTERVENÇÕES

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Discurso do Presidente da República no jantar oferecido em Lisboa ao Comité Militar da NATO
Lisboa, 18 de Setembro de 2009

Bem-vindos a Portugal.

É com o maior gosto que recebo os mais altos representantes militares da Aliança e respectivas senhoras, por ocasião da Conferência anual do seu Comité Militar.

Dou as boas-vindas aos representantes da Albânia e da Croácia que participam na Conferência, este ano, já como países membros e saúdo o pleno regresso da França à estrutura militar da Aliança.


Caros convidados,

A NATO, tendo surgido num período altamente conturbado, conseguiu, através da sua acção e do seu exemplo, consagrar-se como um caso de sucesso ímpar entre as organizações de segurança e defesa, permitindo a reconstrução em segurança de uma Europa devastada pela Guerra e promovendo a coesão, a estabilidade e a confiança entre os países membros.

Após o final da Guerra-Fria, a Aliança continuou a ser um instrumento de particular relevância na afirmação dos valores de liberdade, de democracia, do primado da lei e do respeito pelos direitos do homem.

A reconfiguração do contexto estratégico europeu e mundial produziu, contudo, inevitáveis transformações. A NATO passou a ser um parceiro privilegiado da Organização das Nações Unidas no âmbito das operações de paz e, após os atentados de 11 de Setembro de 2001, reorientou a sua atenção para desafios e ameaças globais mais difusos, mas nem por isso menos perigosos.

Presto a minha sentida homenagem àqueles que tudo deram, inclusive a vida, para que se cumprissem os objectivos da Aliança.


Senhores Generais,

O papel da NATO está longe de se encontrar diminuído nos tempos que correm. Nunca, como agora, foram tão complexos e diversificados os perigos e as ameaças que se colocam à nossa civilização e à Humanidade.

A Aliança terá, mais uma vez, de fazer uso da sua elevada capacidade de adaptação, de regeneração e de transformação para dar boa resposta aos novos desafios com que está confrontada.

Um dos principais desafios da Aliança é o de explorar novas dimensões de aproximação, de cooperação e de estabelecimento de laços de confiança com outros países e com outras organizações.

O reforço do elo transatlântico e o progresso no relacionamento com a União Europeia devem merecer todo o nosso esforço e determinação, porque essenciais para a construção de um instrumento mais completo e eficaz para a prevenção e gestão de crises. O desafio do Afeganistão é, neste domínio, um teste significativo.

Novamente é colocada à prova a capacidade de transformação da Aliança, exigindo-se que mantenha uma forte capacidade militar defensiva e, simultaneamente, que seja capaz de enfrentar com eficácia as novas ameaças, com destaque para o combate à proliferação nuclear, ao terrorismo e ao crime organizado e acompanhando as novas questões relacionadas com a segurança energética e com as consequências das alterações climáticas e da disputa de recursos.

Estou certo de que os nossos países, na definição de um novo Conceito Estratégico, saberão, uma vez mais, encontrar o justo equilíbrio para as futuras missões da Aliança, de modo a preservar um ambiente estável e seguro, no qual as nossas sociedades possam continuar a trilhar o seu caminho de paz, de progresso e bem-estar.

Quero, nesta ocasião, reiterar o nosso firme empenho em contribuir para o debate sobre o novo Conceito Estratégico que seremos todos chamados a aprovar na próxima Cimeira da NATO, a ter lugar em Portugal.


Senhoras e Senhores,

Portugal orgulha-se de ser um dos membros fundadores da NATO, preza-se de estar solidariamente integrado nas suas missões e estrutura e ser um parceiro que não descura a cooperação com os restantes membros da Aliança.

Saliento o reforço que Portugal disponibilizou recentemente para a missão da Aliança no Afeganistão, bem como a nossa participação noutras missões da NATO, designadamente no Kosovo.

Por outro lado, continuaremos a apoiar com determinação e empenho a afirmação crescente do Joint Force Command Lisbon, de que somos anfitriões, missão que assumimos com satisfação e sentido de responsabilidade.

Espero que a vossa estada em Lisboa esteja a ser tão produtiva como agradável e vos dê motivos para regressarem brevemente a Portugal.

Ciente de que esta é, e será, uma Organização primordial para a construção de um mundo melhor e mais seguro, convido-vos a brindar comigo ao futuro da NATO.

© Presidência da República Portuguesa - ARQUIVO - Aníbal Cavaco Silva - 2006-2016

Acedeu ao arquivo da Página Oficial da Presidência da República entre 9 de março de 2006 e 9 de março de 2016.

Os conteúdos aqui disponíveis foram colocados na página durante aquele período de 10 anos, correspondente aos dois mandatos do Presidente da República Aníbal Cavaco Silva.