O restauro da Charola do Convento de Cristo é um dos trabalhos mais marcantes de reabilitação do património histórico-cultural português das últimas décadas. Não podia, por isso, deixar de me associar, com muito gosto, a este momento especial.
O Convento de Cristo, Património da Humanidade, assume uma particular importância histórica e artística, pela sua ligação, primeiro, com a reconquista do território nacional, depois, com a epopeia da expansão marítima. Foi também sede da Ordem dos Templários em Portugal e, mais tarde, sede da Ordem Militar de Cristo.
Testemunho magnífico da evolução da arquitetura monástico-religiosa, é, simultaneamente, um dos melhores exemplos de arquitetura templária do Mundo.
Ao longo dos meus mandatos tenho prestado atenção particular à valorização do nosso património material e imaterial.
A preservação do património cultural, enquanto marca de civilização e de reconhecimento da memória histórica, é o principal fator de identidade de um povo. Mas constitui, igualmente, um ativo de grande peso na resposta aos desafios do presente e do futuro.
Importa sensibilizar as instituições, as autarquias, as empresas, os cidadãos, para que não se perca o imenso e valioso património monumental que nos foi legado. A sua conservação a todos interpela e deve ser obra de todos.
Portugal tem, além do mais, património classificado pela UNESCO que representa um enorme potencial de atração turística que não podemos deixar de preservar e de divulgar.
O Convento de Cristo desempenha, nessa perspetiva, um papel insubstituível para a Cidade de Tomar e para toda a região do Centro de Portugal.
Muito justamente, a Charola do Convento de Cristo, com a singular riqueza iconográfica que carrega, é considerada uma das joias arquitetónicas e artísticas do nosso país.
Felicito a CIMPOR por ter assumido como seu o mecenato para a recuperação da Charola. No quadro da dimensão social e cultural da empresa, soube identificar um objetivo preciso, cumprir o calendário definido e assegurar o processo complexo e delicado de restauro e preservação desta obra-prima.
Trata-se de um exemplo que merece ser divulgado.
Convido outras empresas a fazerem como a CIMPOR e a tomarem a seu cargo algum dos muitos monumentos que, por todo o País, continuam à espera de obras de conservação.
Infelizmente, não faltam oportunidades de atuação para quem queira ajudar na preservação do nosso património e, desse modo, cumprir as suas responsabilidades para com a sociedade.
Deixo, por isso, além de uma viva palavra de felicitações à CIMPOR, uma palavra de incentivo para que o mecenato empresarial venha, cada vez mais, a contribuir para o enriquecimento cultural e económico do nosso país.
Muito obrigado.