É com muito gosto que me associo à inauguração das Novas Unidades da Refinaria de Sines. Trata-se do maior projeto industrial de sempre em Portugal, com um investimento que ronda os 1.400 milhões de euros e que permite reposicionar o nosso País, de importador em exportador líquido de gasóleo, com reflexos evidentes nas contas externas e na balança energética nacional.
A abertura desta nova fábrica, assente na mais moderna tecnologia, acontece na sequência da modernização da refinaria de Matosinhos. Marca, por isso, de forma decisiva, a consolidação da estratégia internacional da Galp Energia, que se afirma como um grupo português com dimensão e massa crítica de nível europeu.
A participação da Galp Energia em projetos de prospeção de jazidas petrolíferas e de gás natural, que se estende por mais de quatro dezenas de países, não pode deixar de ser referida como muito positiva.
Sublinho especialmente o facto de a empresa possuir reservas de petróleo que poderão garantir a autossuficiência de Portugal por três décadas.
O envolvimento em parcerias de exploração em Angola e no Brasil perspetiva, para 2020, a obtenção de cerca de 300 mil barris de petróleo por dia, o que, à data, corresponderá a cerca de 100 por cento do consumo esperado no nosso País.
O projeto da nova refinaria agora concretizado é também de particular importância para Sines. Contribui para a dinamização do seu porto e das áreas industriais e logísticas adjacentes, potencia grandes investimentos no setor da petroquímica e gera emprego na região.
A entrada em funcionamento das novas unidades cria mais de 100 postos de trabalho diretos e 450 indiretos, constituindo uma âncora para o desenvolvimento económico local e viabilizando dezenas de PMEs, às quais são subcontratados bens e serviços.
A Galp Energia tem a atitude e a vontade que devem prevalecer nos empresários e gestores dos nossos dias. A confiança em investir no nosso País, aliada à capacidade para detetar oportunidades e à manutenção de um posicionamento competitivo, objetivo sustentado na inovação, numa gestão criteriosa e em boas práticas, resultam numa estratégia coerente de desenvolvimento que deve ser sublinhada.
Minhas Senhoras e meus Senhores,
A imprevisibilidade da evolução da situação económica internacional e a dificuldade dos líderes europeus em lidar com as dificuldades financeiras e sociais instaladas em vários países da UE são motivos de especial preocupação, agudizando a necessidade de uma resposta política abrangente que não esqueça as pessoas.
Temos de respeitar os compromissos que assumimos com as instituições internacionais e de ganhar a confiança dos mercados, mas temos de ser capazes de aliar esse percurso a aumentos de produtividade e de competitividade na atividade das empresas.
A aposta em fatores indutores de crescimento económico e de criação de emprego é imprescindível. Este é um desafio que temos de enfrentar com muita determinação.
A concretização das reformas estruturais, o reforço da flexibilidade e da produtividade da nossa economia, a expansão para mercados relevantes das nossas exportações e a exploração de setores que apresentam vantagens competitivas e valor acrescentado nacional devem ser, no momento atual, objetivos prioritários das decisões dos empresários, das lideranças políticas e dos parceiros sociais.
Inovação nos produtos, nos processos e nos modelos de gestão são alavancas de competitividade essenciais à produção orientada para a conquista de mercados exigentes.
Portugal encontra-se hoje entre os países europeus líderes na área da inovação. De acordo com o “Innovation Union Scoreboard 2011”, o nosso país detém a 3.ª posição, depois da Alemanha e do Luxemburgo, no investimento na inovação. Apresentamos também resultados muito positivos nos níveis avançados do conhecimento, quer em termos educativos e científicos, quer na formação e na capacitação de recursos humanos.
Temos de saber aproveitar da melhor forma estas capacidades, transformando conhecimento em valor.
Também a língua portuguesa e a presença de comunidades portuguesas no exterior constituem, não o esqueçamos, importantes ativos ao dispor do tecido empresarial nacional, conferindo-lhe vantagens comparativas muito relevantes na abordagem a mercados que hoje beneficiam de forte crescimento.
Minhas Senhoras e meus Senhores,
Para além dos excelentes indicadores económicos que apresenta, a Galp Energia desenvolve um extenso programa de responsabilidade social, na educação, na valorização profissional dos seus colaboradores, no apoio à investigação, na promoção da eficiência energética, na defesa do ambiente e na própria prevenção e segurança rodoviária.
A Galp Energia está bem posicionada nos principais rankings de sustentabilidade internacionais. Surge referenciada no Dow Jones Sustainability Index como a segunda melhor empresa do setor “Oil & Gas” e entrou recentemente no rigoroso índice das 100 Empresas Mais Sustentáveis.
Estamos, pois, perante uma empresa que cumpre o seu compromisso económico e social e que imprime um manifesto sinal de esperança nas nossas capacidades e no rumo de desenvolvimento do nosso país.
Quero deixar uma saudação muito especial ao Senhor Comendador Américo Amorim, Presidente do Conselho de Administração da Galp Energia, empresário e empreendedor de enorme visão e grande impulsionador da estratégia que faz mover esta empresa.
Felicito a Galp Energia, os seus acionistas, gestores e colaboradores, assim como todos os agentes que trabalharam na construção destas Novas Unidades da Refinaria de Sines, pelo importante contributo que trazem à economia portuguesa e a esta região.
A todos desejo os maiores sucessos.
Muito obrigado.