Senhor Presidente da Região da Campania,
Senhor Presidente da Fundação Mediterrâneo
Ilustres Autoridades
Senhoras e Senhores
Quero agradecer a distinção com que a Fundação Mediterrâneo entendeu honrar-me, ao atribuir-me o Prémio Mediterrâneo Instituzione 2009, bem como as amáveis palavras que me foram dirigidas.
Permitam-me que comece por prestar uma justa homenagem à Fundação Mediterrâneo. A Fundação Mediterrâneo tem, ao longo dos últimos anos, desempenhado um papel fundamental no diálogo e na cooperação entre as duas margens do Mediterrâneo e isso mesmo tem sido reconhecido pela União Europeia. Ao promover a aproximação entre pessoas e realidades culturais diversas, a acção da Fundação constitui um importantíssimo contributo para a paz, a estabilidade e o desenvolvimento económico e social que todos desejamos para esta região.
Esta atitude é aquela com que me identifico e que tenho procurado imprimir à minha acção política.
Portugal, fruto da sua História e da sua situação geográfica, tem frequentemente desempenhado o papel de ponte entre povos e culturas. Entendo que essa vocação deve estar particularmente presente na nossa vizinhança mais imediata, como é o caso do Mediterrâneo. É essencial promover esta noção de pertença a um mesmo espaço, cuja riqueza muito deve à diversidade cultural que o caracteriza.
Não falta suporte institucional ao diálogo mediterrânico. A União para o Mediterrâneo é o exemplo mais recente. Portugal está firmemente empenhado no sucesso da União para o Mediterrâneo e espera, sinceramente, que seja possível ultrapassar as dificuldades que vêm impedindo que o seu funcionamento se processe de forma mais fluida.
Mas que fique claro: de nada valerão as construções políticas e institucionais, se o diálogo não chegar aos nossos cidadãos, se estes não se sentirem verdadeiros actores do diálogo. É por isso que o papel de organizações com os objectivos da Fundação Mediterrâneo são fundamentais e é por isso que a sua acção deve ser constantemente apoiada e acompanhada pelas lideranças políticas.
Vejo este Prémio como um sinal do reconhecimento, que muito me honra, mas também como um estímulo. Pode a Fundação Mediterrâneo contar com o meu empenho numa política de aproximação e de diálogo entre as duas margens deste Mar que devemos ver como traço de união. Porque acredito firmemente que é essa a única via capaz de garantir o futuro de bem estar e de desenvolvimento a que têm direito as próximas gerações, independentemente da margem do Mediterrâneo que ocupem.
Muito Obrigado.