Brinde do Presidente da República no Almoço com os Presidentes dos Parlamentos da União Europeia
Museu Nacional dos Coches, 20 de Junho de 2008

Senhor Presidente da Assembleia da República
Senhores Presidentes e Secretários-Gerais dos Parlamentos Nacionais da UE
Minhas Senhoras e Meus Senhores

Permitam-me que, em poucas palavras, vos dê as boas-vindas. É um grande prazer e uma honra para mim recebê-los em Portugal.

Este magnífico salão é o mesmo onde tive o prazer de oferecer um almoço, há alguns meses atrás, durante a Presidência Portuguesa, em honra dos Chefes de Estado e de Governo que tinham acabado de assinar o Tratado que leva o nome da nossa capital.

O Tratado de Lisboa é o resultado de um compromisso entre 27 estados. Todos os estados-membros estavam convencidos de que se tratava da melhor resposta possível para os problemas que afectam o dia-a-dia dos nossos cidadãos.

Temos de respeitar a vontade do povo irlandês. Mas também devemos deixar claro que a Europa não pode pagar o preço de voltar ao início deste processo. O Tratado de Lisboa é mais necessário do que nunca.

Acredito que seremos capazes de encontrar uma solução, tal como fizemos no passado.

Eu era Primeiro-Ministro quando a Dinamarca disse “Não”. Isso aconteceu durante a Presidência Portuguesa, em Junho de 92, daí que eu tenha estado directamente envolvido na busca de uma solução que pudesse ser aceite por todos os estados-membros. E foi possível seis meses mais tarde, em Edimburgo, encontrar uma solução. E houve um outro referendo na Dinamarca e o Tratado de Maastricht entrou em vigor.

Estou convencido de que as nuvens que actualmente pairam sobre o Tratado não irão durar muito tempo.

Um dos mais relevantes avanços do Tratado de Lisboa é a importância que atribui às iniciativas dos cidadãos, ao papel dos Parlamentos Nacionais no processo de decisão e à cooperação entre os Parlamentos Nacionais e o Parlamento Europeu. Neste sentido, a vossa Conferência em Lisboa antecipa o espírito do Tratado de Lisboa.

Nestes tempos de desafio, quero reiterar a minha confiança no processo de integração europeia, que tantos benefícios trouxe ao nosso continente e aos nossos cidadãos.

Peço que se juntem todos a mim num brinde ao sucesso da vossa Conferência e ao futuro da nossa união, a União Europeia.