Encerrado há mais de 50 anos, o Palácio da Cidadela de Cascais, afecto à Presidência da República, retoma as suas funções a partir de 25 de Novembro, depois de uma intervenção de reabilitação de todo o edifício, bem como da Capela de Nossa Senhora da Vitória e dos espaços exteriores.
Nesse dia, o Palácio receberá como primeira cerimónia pública oficial a reunião do Conselho para a Globalização, iniciativa da COTEC Portugal que reúne líderes de empresas multinacionais com o objectivo de reflectirem sobre o impacto da globalização nas suas organizações.
Seguir-se-á, a partir de 27 de Novembro, a abertura do Palácio ao público, o qual, para além de um percurso interpretativo pelo Palácio da Cidadela, poderá visitar a exposição “Jogo da Glória – o Século XX em desenho humorístico”, numa iniciativa do Museu da Presidência da República, com base no espólio de Ricon Peres.
Num período que se estenderá por mais de três meses, até final de Fevereiro, o Palácio da Cidadela permitirá aos cascalenses e a todos os que o visitarem, não só satisfazer a curiosidade por um edifício público carregado de história, como assistir a cerca de duas dezenas de Roteiros do Património que a Câmara Municipal de Cascais, associando-se às actividades do Museu da Presidência da República, vai promover no mesmo local.
Dado o actual cenário de contenção orçamental, as caves e antigas garagens agora recuperadas serão utilizadas, apenas, na realização de exposições temporárias, ficando a anunciada instalação do pólo do Museu da Presidência da República dedicado às Ordens Honoríficas Portuguesas adiada para uma próxima fase.
Alvo de profundas obras de reabilitação desde 2009, que contou com cerca de três milhões de euros, enquanto contribuição proveniente de verbas das contrapartidas da concessão de jogo no Estoril, este edifício emblemático na história da vila recupera agora a sua função junto da Presidência da República.
No futuro, e sempre em articulação com a Câmara Municipal de Cascais, está prevista a criação de um circuito regular de visitas pelos espaços abertos ao público.
O projecto de reabilitação, da autoria do arquitecto Pedro Vaz, procurou o ponto de equilíbrio entre o respeito pela arquitectura e materiais da época (assumindo como referência o momento em que o edifício passou a ser habitado pela família real, em finais do século XIX) e as necessidades contemporâneas, permitindo assim, nomeadamente, alojar convidados especiais do Estado português.
Para a abertura do Palácio contou-se com a colaboração de diversas instituições, que cederam algumas peças para melhor ilustração do percurso interpretativo. Foram os casos da Câmara Municipal de Cascais, do Aquário Vasco da Gama ou do Regimento de Artilharia Antiaérea de Queluz, para além de vários Museus Nacionais.
No interior do perímetro da Cidadela, e em paralelo, decorrem, ainda, as obras de reconversão do espaço da unidade hoteleira, a cargo do Grupo Pestana, com data de conclusão prevista para o primeiro semestre de 2012.
17.11.2011