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Nas últimas décadas temos vindo a assistir várias fases do Associativismo Estudantil, seja nos objectivos que tenha definido, seja na postura assumida, seja na forma como tem tentado alcançar esses objectivos. Mas há um factor que sempre se tem mantido como estável: a consciência cívica e a participação responsável que, na maioria dos casos, sempre pautaram as acções das Associações.

A evolução do Associativismo Estudantil é marcada por um alargamento de horizontes e de áreas de actuação. Para além da participação activa dentro da sua instituição, o Associativismo tem vindo a tentar resolver as lacunas que os Estudantes sentem, seja a nível pedagógico, como a níveis de cultura e lazer, empregabilidade e informação, acção social e formação. O que as instituições de Ensino Superior e as insituições públicas do local onde vivem e estudam não conseguem hoje responder, as Associações têm assumido esse papel de forte intervenção social.

Isto espelha a visão que os jovens têm na Sociedade onde vivem, e o Associativismo gera oportunidades de actuação eficaz, elevando o sentido de responsabilidade e de que se pode mudar e melhorar realidades que estão próximas de nós.

Podemos afirmar que o papel que as Associações têm desempenhado na Sociedade, tem sido fundamental para a formação da consciência de muitos jovens que se sentem úteis e que podem ter sucesso. Além do mais, cria consciência de Democracia, já que os dirigentes associativos, ao serem eleitos, têm de prestar contas a quem representam e isso torna toda a sua actuação mais exigente, mais consciente e mais rigorosa.

Nem tudo é bom, e todos cometem erros, mas considero que, através do Associativismo, que proporcina contactar e actuar em diferentes áreas, assumir compromissos, responder perante quem nos elegeu, no respeito do legado que recebemos de outros dirigentes, torna-se numa escola de vida que perdurará ao longo da vida do dirigente e fazendo com que este, se preocupe e seja mais interventivo na Sociedade.