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Todos conseguimos concordar na importância que o associativismo teve e continua a ter nas nossas vidas. Todos sabemos o papel que teve no nosso crescimento. Mas nem por todos é reconhecido.

As mudanças no ensino continuam, estimula-se por um lado a participação, mas certas medidas tornam-a cada vez mais difícil. Dão vantagens a quem é na procura de emprego, mas pode atrasar-nos a nível de estudos. É uma balança, que ainda não está equilibrada e que dificilmente o será.

A minha visão antes de ser dirigente associativo era a que muitos a têm. Grupos de foliões, organizadores de festas e que não ligam aos estudos. E depois destes anos todos a minha visão mudou obviamente. Foliões nem por isso, só para quem aguenta o ritmo, desligar dos estudos para quem ficar abandonado nos cargos e assume a responsabilidade a si do cargo para que foi eleito e organizadores de festas. Por muito que custe a muitos ouvir, tenho a plena noção que muitos dirigentes ainda apenas são organizadores de festas. Poucos são os que dão o salto e têm uma visão abrangente, conseguem redimensionar uma estrutura complexa para as necessidades locais e projecção fora de portas. Poucos são os que com afinco e dedicação dão visão a outras áreas de extrema importância, a Acção-Social, o Desporto, as Saídas Profissionais, a integração de Núcleos, assuntos Pedagógicos, o Financiamento da sua instituição e das que o rodeiam neste panorama.

E continua a falha de muitos nós, por sobre os ombros a responsabilidade, lidar com os assuntos de extrema importância, gerir os milhares de euros que estas Instituições têm. E poucos têm a noção da responsabilidade, do carácter, do bom senso e mais importante, da dificuldade que é faze-lo bem, com ponderação e sempre com vista em ajudar o meio e os outros. Somos jovens com decisões importantes a tomar diariamente, jovens que foram crescendo por si e com a experiência de vários cargos.

Nisto lanço um tema, que acho dos mais importantes neste contexto: a formação. E a formação terá de vir de quem necessita de formar os novos dirigentes destas estruturas. A responsabilidade é do Governo, das Autarquias, da Instituições de Ensino. Elas precisam de dirigentes competentes, motivados e coerentes a zelar pelas áreas de cada uma das instituições, projectando a sua Cidade, a sua Universidade ou Instituto e projectando o País. E assim forma-se novas mentes, sangue novo, para projectar o País num âmbito totalmente diferente. São os jovens que trazem as ideias inovadores, que trazem outra visão, que procuram a dinamização. Somos nós.