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Empreendorismo e Autonomia

último post: 15:21 31OUT2008
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Armindo Lourenço Monteiro
Serviços: um sector de oportunidades
À semelhança das restantes economias desenvolvidas, assistimos em Portugal à crescente “terciarização” do tecido produtivo. Números recentes indicam que o sector do comércio e dos serviços representa mais de 70% do VAB nacional, cria quase 60% do emprego e é responsável por 95% do IDE no exterior. Estes dados sugerem que o nosso país evoluiu para um novo perfil económico, perfil esse à partida mais condizente com as exigências de um paradigma de desenvolvimento assente no conhecimento. É que as economias pós-industriais caracterizam-se, precisamente, pela hegemonia do sector terciário sobre os restantes.
Mas esta conclusão é, de certa forma, precipitada. Não basta aumentar o peso dos serviços no tecido produtivo para resgatar Portugal do atraso em que ainda se encontra e franquear-lhe as portas da Economia do Conhecimento. Para que tal aconteça, também o sector terciário terá de adquirir um novo perfil. E isso faz-se, basicamente, apostando em serviços de maior valor acrescentado, com uma forte componente de inovação, recursos humanos altamente qualificados e potencial de internacionalização.
De resto, muitas empresas do sector terciário português já deram esse salto qualitativo. Não faltam exemplos de competitividade nas áreas das Tecnologias de Informação e Comunicação, da Saúde e Bem-estar, do Turismo e Restauração, dos Transportes, do Imobiliário, das Finanças… Enfim, há inúmeros casos de sucesso em vários nichos da actividade económica, provando-se assim que Portugal pode, de facto, afirmar-se como um país com vocação para a prestação de serviços de valor acrescentado.
Contudo, o sector terciário sofre com as conhecidas debilidades do nosso tecido produtivo. Neste sentido, é penalizado por múltiplos factores estruturais e de contexto, como o quadro fiscal pouco competitivo, o défice de qualificação dos recursos humanos, a baixa produtividade laboral, os elevados custos das matérias-primas, a rigidez do mercado de trabalho, a falta de hábitos de funcionamento em rede e a burocracia administrativa.
Importa, portanto, desenvolver um ambiente propício à actividade económica no sector terciário, até porque é neste sector que os projectos de empreendedorismo jovem encontram terreno fértil para emergir. Pela sua diversidade, potencial competitivo e baixo nível de investimento, os serviços dão azo à criação de empresas inovadoras e que recorrem ao conhecimento avançado. No fundo, o modelo de desenvolvimento preconizado pela Estratégia de Lisboa.
31OUT2008
11:50
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