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A ideia do titulo veio de uma ex-CEO de uma grande empresa de TI norte americana, referindo-se á convicção que tinha de que o Conhecimento gerado dentro da empresa, por não estar partilhado e difundido por toda a organização, afim de gerar novo Conhecimento, estava a prejudicar o Valor (e do Goodwill) da organização.
Sinceramente acho que o mesmo se passa em Portugal. Pese embora o esforço titânico do Prof Carlos Zorrinho e de muitos outros, em espalhar a semente da Sociedade do Conhecimento, continuamos a ser uma sociedade espartilhada, segmentada, e sem muitas capacidades de "jogar em equipa" de uma forma concertada, orientada e acima de tudo sistémica.
Temos obviamente em Portugal nucleos muito bem identificados de pessoas e empresas que prezam o Conhecimento como o seu mais precioso activo, e dele bem o tratam e cuidam. Mas não de uma forma estanque, mas aberta, tambem porque já perceberam que quanto mais aberta for uma sociedade, maior é (potencialmente) o seu valor, pela capacidade regenerativa e adaptativa que desenvolve, tudo caracteristicas importantes nos dias que correm.
E nestes dominios Portugal continua sem definir o que quer. Compreendo que não é facil convencer as pessoas que a época do condicionamento industrial acabou, que os paradigmas em que a Economia portuguesa assentou na década de 60 alteraram-se radicalmente, e que novos ventos de mudança sopram.
Mas estou tambem convencido de que quanto mais tarde fizermos esse shift maior será a dor com que teremos de sair daqui. Temo é que dor, sendo depois maior, possa fazer vitimas desnecessárias. Bem na verdade uma dessa vitimas seria bem vinda: a estrutura actual do Estado.