-
Resistências do mundo académicoDe uma forma geral, as instituições portuguesas do ensino superior já têm consciência da necessidade de converter o conhecimento em valor empresarial, havendo um esforço cada vez mais notório na investigação científica aplicada, na promoção da inovação, na sensibilização da comunidade académica para o empreendedorismo e nas parcerias com empresas. Algumas das nossas universidades dispõem hoje de incubadoras de empresas e centros tecnológicos, oferecem formação pós-graduada em empreendedorismo e disponibilizam serviços de apoio à criação de negócios (spin-offs), à transferência de tecnologia, ao registo de patentes, ao acesso a financiamento, etc.
Contudo, há ainda resistências internas à investigação aplicável à realidade empresarial e ao ensino promotor do empreendedorismo. Alguns sectores porfiam num certo conservadorismo académico, o que motiva a prevalência da mentalidade sintetizada na máxima “publish or perish” (“publica ou morres”). Ou seja, para estes sectores, a qualidade de uma universidade mede-se tão-só pelo número de papers publicados, independentemente da sua utilidade para a sociedade e para o meio empresarial.
Importa, portanto, aproximar o mundo académico do mundo empresarial, suplantando os preconceitos que ainda existem sobre as empresas e o seu “modus operandi”. Da parte da ANJE há, aliás, total disponibilidade para desenvolver parcerias com instituições do ensino superior, pois um dos nossos principais desígnios é a promoção do empreendedorismo qualificado e de base tecnológica.27OUT200811:36
|
|