Bem-vindo à página oficial da Presidência da República Portuguesa

Nota à navegação com tecnologias de apoio

Saltar para o conteúdo (tecla de atalho 1)
 

Empreendorismo e Autonomia

último post: 15:21 31OUT2008
nº de posts: 33
  • António de Souza-Cardoso
  • Tiago Gali Macedo
  • Francisco Maria Balsemão
  • Rui Henriques Delgado
  • Ana Idalina Dias Gomes Alves
  • Paulo Arantes Barbosa
  • Paulo Soares Albergaria
  • Pedro Rodrigues
  • Vasco Ferreira
  • Francisco Teixeira e Melo
  • Francisco Fonseca
  • José Basílio Simões
António de Souza-Cardoso
Quem não tem cão..
A propósito da discussão entre empreendedorismo de subsistência e qualificado, julgo que ninguém tem dúvidas quanto à opção. É como preferir água potável (e se possível fresquinha) quando se tem sede.

É claro que é um desafio geracional, este de qualificar os portugueses e de o fazer à medida das dinâmicas múltiplas do mercado.

Julgo, no entanto, que a par de uma aposta verdadeira e assertiva na qualificação (quanto “encosto” ou dinheiro mal gasto tivemos no País com este mesmo pretexto), há que prosseguir na demanda de uma atitude mais empreendedora dos portugueses e na defesa dos valores da iniciativa, da criatividade e do risco.

Mesmo que este empreendedorismo fique só por aí. E ainda que o seja para mais cafés, cabeleireiros ou gabinetes de contabilidade. Preferia sinceramente que o não fosse e que tivesse nas tice, no turismo, na saúde, nas indústrias criativas, na energia e no ambiente os seus focos principais.

Mas entre o encosto do subsídio de desemprego ou do rendimento mínimo e a opção pela criação de empresas vai a diferença de comportamento e de atitude que neste momento de crise pode …, fazer a diferença.

A aposta na criação de empresas é decisiva para os próximos dois anos. Porque é a forma mais justa, mais reprodutiva e mais barata de criar emprego em Portugal. Não percebi ainda deste Orçamento como se pode manter para 2009 uma taxa de 7,6% de emprego e o crescimento em 0,6%, com as previsões macro-económicas que existem na Europa e nos Estados Unidos e as outras previsões, mais domésticas, de uma contínua diminuição das exportações e de uma natural contracção do consumo e do investimento privado.

Por isso e porque o nosso código laboral mantém uma desusada inflexibilidade (para quando a flexisegurança?), insisto na necessidade de uma aposta renovada na criação de novas empresas. Como fez o Professor Cavaco Silva quando em 1987 lançou o I FAIJE.

De emprendedorismo qualificado? Claro, se possível, nunca abdicando de prosseguir na cruzada da qualificação (com um olho no livro e outro no mercado). De empreendedorismo de subsistência? Também sim, se a alternativa for o conformado e habitual “encosto ao Estado” que para atacar o problema, enviesa (ou abrevia?) a questão, optando sempre por dar a cana e o peixe, sem cuidar de nos ensinar a pescar.

Por isso esta minha profunda convicção que, do ponto de vista do resultado e em tempos de panela vazia, pior que caçar com gato é não ir à caça.

António de Souza-Cardoso
22OUT2008
14:18
|
|
Roteiro para a Juventude
© 2008 Presidência da República Portuguesa