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Geografia não é fadoNuma economia global, os países competem entre si por recursos, sendo certo que ainda há quem veja no desfasamento geográfico um handicap ao sucesso empresarial. Múltiplos exemplos de empresas, oriundas dos vários cantos no mundo, mostram-nos que é possível a qualquer geografia aceder a talento, capital e tecnologia, factores esses preponderantes para o sucesso.
Conceitos como o “near shore” e os benefícios associados à proximidade cultural e rapidez de interacção que daí decorrem, assumem assim nova relevância num contexto de países emergentes que fazem uso das “armas” por nós já gastas.
Isto quer dizer que é, efectivamente, possível ter sucesso independentemente da localização, enquadramento legal, mais ou menos, rígido e apoios concedidos. É na inovação, arrojo empreendedor e capacidade de transformar ameaças em oportunidades que deverá estar a chave do sucesso das empresas portuguesas, agora que a competitividade assente nos baixos salários está definitivamente enterrada.
Para tal, há ainda que salientar que a boa inovação pode ser “low cost”, não implicando necessariamente um inflacionar dos balanços. Uma ideia de charneira é, muitas das vezes, o “driver” para o aumento da relevância de uma empresa no panorama internacional, não existindo uma relação de causalidade directa entre o tamanho do orçamento alocado à inovação e as concretizações dessa mesma actividade.
Cabe, assim, ao gestor português assumir o papel de arquitecto social, enquanto catalisador da inovação, propiciando que toda a organização esteja sintonizada, assimile e pratique este objectivo estratégico.31OUT200815:21
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