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Cumprimento uma vez mais os participantes a agradeço as últimas intervenções nos tópicos do ambiente e formação. Saliento que o "desafio da instalação" está a ser o mais comentado, o que é natural, atendendo a tratar-se do momento crucial para os jovens agricultores. Tinha alguns comentários à mensagem do Daniel Marinho (que saúdo!) mas o José Martins adiantou-se com uma mensagem polémica qb, o que é bom para o debate. Recordo apenas que para uma exploração leiteira não estão disponíveis apoios de 50%, pois não é um sector estratégico. E não me parece mal que os agricultores sejam "acarinhados", desde que não sejam "mimados". Deixou outros comentários para quem os quiser colocar.
Ao Daniel, apetece-me dizer "vai passear". Eu explico: o Daniel tem 21 anos, a mesma idade que eu tinha quando me instalei. Mas eu tinha à minha espera uma exploração em andamento, apenas a precisar de pequenos investimentos para evoluir. Era "pegar ou largar", porque a exploração não podia esperar. Se pudesse, congelava tudo, ia fazer um curso superior, viajar pelo mundo, ESTAGIAR noutros países. É isso que pretendo dizer com "passear". Investir algum tempo para conhecer outras realidades - França, Holanda, EUA, Canadá, Nova Zelândia. Espero que num futuro não muito distante possamos promover e apoiar este tipo de estágios que são correntes nesses países. Lá também é comum que jovens licenciados procurem emprego em explorações ou empresas para ganharem experiência e conhecerem o terreno. Entretanto, podem descobrir uma empresa que vai fechar porque o dono se reformou e ARRENDAR essa exploração. Comprar tudo não é a única opção. Na Nova Zelândia até há um tipo de sociedade em que uma parte da manada é do dono e a outra do "arrendatário".
Fica aqui esta sugestão, outros terão certamente mais aspectos a acrescentar para aconselharmos da melhor forma possível este futuro agricultor.