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INTERVENÇÕES

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Discurso do Presidente da República, no Banquete em sua honra e da Dra. Maria Cavaco Silva oferecido pelo Presidente da República da Áustria e Senhora de Heinz Fischer
Salzburgo, 24 de Julho de 2009

Senhor Presidente, Excelência,
Excelentíssima Senhora D. Margit Fischer
Excelentíssimas Autoridades
Senhoras e Senhores

Quero agradecer, muito sensibilizado, as amigas palavras de Vossa Excelência, Senhor Presidente, bem como o caloroso acolhimento que nos tem sido dispensado, a mim, à minha Mulher e à delegação que nos acompanha.

Esta visita, Senhor Presidente, permite-nos celebrar uma relação de amizade com profundas raízes históricas. Ao longo dos séculos, Princesas de Portugal reinaram na Áustria e Princesas austríacas foram Rainhas de Portugal. Assim se forjaram, então, fortes laços políticos entre duas potências imperiais que marcaram de forma profunda a evolução histórica do nosso continente.

Esta cumplicidade viu-se reforçada, já no século passado, após a Segunda Guerra Mundial, quando, numa iniciativa da Caritas, milhares de crianças austríacas foram acolhidas por famílias portuguesas. Algumas delas permaneceram em Portugal e os seus descendentes são, hoje, cidadãos portugueses. Outras regressaram ao seu país de origem. Em qualquer caso, criaram-se laços de profundo afecto que perduram até hoje. Minha mulher e eu tivemos a oportunidade de o confirmar, mais uma vez, num encontro, ontem, em Viena, com um grupo que incluía alguns desses cidadãos austríacos.

Esta proximidade entre os nossos países ficou igualmente patente no apoio da Áustria ao processo de consolidação democrática no meu país. Um apoio que não esquecemos e que quero, mais uma vez, agradecer.

Sem essa consolidação democrática e sem tudo aquilo que ela permitiu, não seria possível estarmos aqui, hoje, como parceiros de um destino comum, no quadro da União Europeia.

Uma União que queremos capaz de responder aos desafios da presente crise económica, financeira e social, do desemprego e da exclusão social, da insegurança, dos problemas energéticos e das alterações climáticas, da competitividade económica, científica e tecnológica.

Uma União que saiba preservar e desenvolver o mercado único, recusando as pressões proteccionistas e reforçando a coesão económica e social.

Uma União que se afirme, cada vez mais, como um actor credível na cena internacional, capaz de fazer valer o seu peso na promoção da paz, da estabilidade e do desenvolvimento económico e social, bem como na luta contra o terrorismo e contra a proliferação de armas de destruição massiva.

Para que assim seja, é fundamental que o Tratado de Lisboa entre em vigor tão cedo quanto possível, de modo a dotar a União Europeia dos mecanismos de decisão de que necessita para responder eficazmente aos desafios que se lhe colocam.

Senhor Presidente,

Vivemos tempos difíceis. Mas não nos podemos resignar. Este é o tempo de preparar o futuro.

No campo económico, a confluência de interesses existente entre os nossos países justifica a nossa ambição comum de um relacionamento mais estreito. É o caso, em particular, das áreas da inovação, das energias renováveis, da investigação científica e tecnológica e das indústrias de alta tecnologia.

A Áustria conhece bem os mercados da Europa Central e de Leste. Portugal, por seu lado, mantém laços privilegiados com a África e América Latina. Existe, pois, uma extensa margem para o estabelecimento de parcerias empresariais tendo em vista estes mercados.

O reforço dos laços entre os povos exige, também, o conhecimento recíproco das suas culturas, do seu património e dos seus idiomas. Espero que, cada vez mais, os cidadãos austríacos se sintam estimulados a visitar o meu país, a conhecer a cultura portuguesa e a aprender português, idioma de 250 milhões de pessoas e a terceira língua europeia mais falada no mundo.

Portugal conhece e aprecia as belezas naturais e o esplendor artístico de que a Áustria nos dá tantos exemplos. A harmonia e riqueza do património histórico de Salzburgo, a que regresso com enorme prazer, e a extraordinária qualidade do seu Festival são uma clara ilustração do que acabo de dizer. Será, pois, com muita honra e também com enorme prazer que eu próprio e minha mulher assistiremos, amanhã, como convidados de Vossa Excelência de sua Mulher, à inauguração do Festival de Salzburgo.

Senhor Presidente,

Comecei por dizer que esta minha visita constituía uma oportunidade para celebrar uma relação de amizade com raízes históricas profundas. Inspirado por essa afinidade histórica e convicto de que saberemos fazer dela uma garantia para o futuro, peço a todos que se juntem a mim num brinde à saúde do Presidente Heinz Fischer e de sua Mulher, ao Povo amigo da Áustria e à prosperidade das relações entre os nossos dois países.

© 2009 Presidência da República Portuguesa