Portugal e Timor-Leste estão unidos por fortes laços históricos e culturais e por uma singular amizade entre os povos, que encontra expressão na excelência da cooperação existente em diversas áreas.
Um dos setores mais significativos de cooperação bilateral tem sido o da Defesa e Segurança. Em Díli, no próprio dia da Restauração da Independência, as duas Repúblicas celebraram um acordo histórico de cooperação técnico-militar, complementado em 2011 pela celebração, em Lisboa, de um acordo de cooperação técnico-policial.
Assim, desde 1999 que Portugal tem sido um dos principais contribuintes para as missões das Nações Unidas, quer com militares das suas Forças Armadas quer com elementos das suas Forças de Segurança: Guarda Nacional Republicana, Polícia de Segurança Pública e Serviço de Estrangeiros e Fronteiras.
Em 2012, só na área de Segurança, Portugal tem em Timor-Leste, ao serviço da UNPOL, o Superintendente-Chefe Luís Carrilho, cujo desempenho exemplar no respetivo comando aproveito para louvar, 144 militares da Guarda Nacional Republicana, 46 membros da Polícia de Segurança Pública, um inspetor do Serviço de Estrangeiros e Fronteiras e três elementos do INEM.
As qualidades e capacidades dos elementos policiais portugueses têm-se destacado de tal forma que, por opção do governo Timorense, tomada em 2008, foi considerado que Portugal, através da Guarda Nacional Republicana, era o país que melhores condições reunia para ajudar a selecionar e formar os novos elementos da Polícia Nacional de Timor-Leste.
Coube-nos, assim, elaborar o plano de recrutamento, seleção e formação de 1250 recrutas em cinco anos, e assessorar a sua concretização.
É para mim motivo de justificado orgulho o trabalho de todos os elementos que constituíram os efetivos policiais portugueses aqui presentes ao longo dos últimos 13 anos.
É particularmente gratificante poder associar-me, com esta minha Visita, à cerimónia de reconhecimento público do muito que tem sido realizado pela Guarda Nacional Republicana, com a imposição não só da Medalha da Solidariedade de Timor-Leste como da medalha da UNMIT aos 139 elementos do contingente atual da Unidade Formada de Polícia portuguesa da UNPOL.
A todos saúdo e felicito.
Estendo igualmente as minhas felicitações aos restantes 42 membros da Polícia de Segurança Pública, da Guarda Nacional Republicana e do Serviço de Estrangeiros e Fronteiras que integram atualmente a UNPOL, também eles já agraciados com as mesmas distinções.
Numa nota de pesar, não posso deixar de referir neste momento a memória do Sargento-ajudante Hermenegildo Marques e do Alferes Daniel Simões, que morreram ao serviço das Nações Unidas. Também eles e o seu trabalho quero hoje, aqui, recordar e homenagear.
Senhor Presidente da República,
O povo timorense pode continuar a contar com o franco e leal contributo de Portugal para, dentro das nossas possibilidades, consolidar as instituições que garantem a ordem pública na República Democrática de Timor-Leste e a estreitar os laços entre as Forças de Segurança dos dois países.
Muito obrigado.