Associo-me com muito gosto à presente cerimónia de inauguração das obras de reconversão e modernização da Refinaria de Matosinhos, desde logo pelo alcance económico e social deste investimento, mas também pelo significado que adquire no processo de afirmação estratégica da Galp Energia como um Grupo de dimensão europeia.
Para o concelho de Matosinhos e áreas envolventes, esta obra assume uma particular relevância como estímulo ao desenvolvimento económico e social e como factor da qualidade de vida da comunidade.
É, inegavelmente, um investimento importante pelos postos de trabalho que cria, mas, é-o também, pelos efeitos multiplicadores noutras actividades produtivas, pelas oportunidades de formação e qualificação profissional que promove, pela investigação e cooperação com universidades e politécnicos que permite e, ainda, pelo impacto positivo que exerce sobre outros pólos fundamentais para a competitividade regional, como o Porto de Leixões ou o Complexo Petroquímico de Estarreja.
A decisão da Galp Energia de reconverter e modernizar dois pólos de refinação em território nacional, um em Matosinhos e outro em Sines, que implicou um investimento de 1,4 mil milhões de euros, a par de outros investimentos significativos que vem realizando na exploração e produção de petróleo e gás natural e em energias limpas, demonstra bem a sua vontade de crescer e a ambição de encontrar um novo posicionamento no mercado global da energia. Estou convencido de que o futuro próximo não deixará de confirmar esta opção estratégica.
Dois elementos se revestem, nesse contexto, de particular importância para o nosso País.
O primeiro é o facto de se apontar para que, com o início das operações de produção das renovadas refinarias de Matosinhos e Sines, as nossas exportações aumentem significativamente sendo que, a prazo, Portugal passará a ser um exportador líquido de gasóleo.
O segundo prende-se com a circunstância de, através da sua participação em projectos de exploração petrolífera em diversos países, a Galp Energia deter já reservas de petróleo passíveis de garantir a auto-suficiência de Portugal por cerca de três décadas.
A visão demonstrada pela Galp Energia para detectar e aproveitar oportunidades, a sua permanente proximidade aos exigentes mercados onde se move, além de uma notável capacidade competitiva, fazem da Galp Energia um caso de sucesso que merece ser evidenciado.
Minhas Senhoras e meus Senhores,
O nosso tecido empresarial necessita de reforçar decididamente a sua capacidade competitiva, assente em investimento de base industrial e exportadora, em parcerias de cooperação, no intercâmbio de conhecimentos, na adopção de soluções inovadoras e no reajustamento da massa crítica das empresas, em especial das PME´s.
Merece destaque, também nesta perspectiva, três aspectos marcantes da actividade e da cultura empresarial da Galp Energia.
Em primeiro lugar, a sua aposta persistente na prospecção petrolífera da costa portuguesa, onde foram efectuados diversos estudos, sondagens e trabalhos de sísmica, com um primeiro poço experimental de exploração esperado para 2013.
Em segundo lugar, a política de valorização profissional e reforço de competências dirigida aos seus colaboradores e a aposta constante na procura de jovens licenciados de elevado potencial, num intercâmbio permanente com Universidades e Centros de Investigação.
Por último, mas não menos importante, a atenção conferida à responsabilidade social, seja nas áreas da educação e do suporte à saúde e bem-estar das comunidades, seja na promoção da eficiência energética e na defesa do ambiente, seja, ainda, na dinamização da mobilidade sustentável e da segurança rodoviária.
Estão de parabéns, por tudo isso, a Galp Energia, os seus accionistas, os seus gestores e trabalhadores, que souberam aplicar o melhor do seu esforço à concretização, aqui em Matosinhos, de um projecto de grande relevância estratégica para a economia nacional.
Obrigado.