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GALERIA DE IMAGENS

Presidente visita obra da Mota & Engil em Cracóvia (1)
Presidente visita obra da Mota & Engil em Cracóvia (2)
Presidente visita obra da Mota & Engil em Cracóvia (3)
Presidente visita obra da Mota & Engil em Cracóvia (4)
Presidente visita obra da Mota & Engil em Cracóvia (5)
Presidente visita obra da Mota & Engil em Cracóvia (6)
Presidente visita obra da Mota & Engil em Cracóvia (7)
Presidente visita obra da Mota & Engil em Cracóvia (8)
Cavaco Silva no Collegium Maius da Universidade Jagiellona (1)
Cavaco Silva no Collegium Maius da Universidade Jagiellona (2)
Cavaco Silva no Collegium Maius da Universidade Jagiellona (3)
Cavaco Silva no Collegium Maius da Universidade Jagiellona (4)
Cavaco Silva no Collegium Maius da Universidade Jagiellona (5)
Cavaco Silva no Collegium Maius da Universidade Jagiellona (6)
Cavaco Silva no Collegium Maius da Universidade Jagiellona (7)
Cavaco Silva no Collegium Maius da Universidade Jagiellona (8)
Cavaco Silva no Collegium Maius da Universidade Jagiellona (9)
Cavaco Silva no Collegium Maius da Universidade Jagiellona (10)
Presidente da República e Dra Maria Cavaco Silva recebidos pelo Cardeal Arcebispo de Cracóvia (1)
Presidente da República e Dra Maria Cavaco Silva recebidos pelo Cardeal Arcebispo de Cracóvia (2)

Intervenção do Presidente da República na Sessão de Encerramento do Seminário Económico


Senhor Presidente Lech Kaczynski, Excelência,
Senhores Ministros,
Senhor Secretário de Estado,
Senhores Embaixadores,
Ilustres Convidados,
Minhas Senhoras e meus Senhores,

Gostaria de começar por dirigir um particular agradecimento ao Presidente Lech Kaczynski pela sua presença, que muito nos honra, neste Seminário Económico. Quero também felicitar as agências polaca e portuguesa de investimento e comércio externo pela organização desta excelente iniciativa, que contou com os contributos da Câmara do Comércio Polónia-Portugal e do debate entre os Senhores Empresários. Saúdo e agradeço a presença de todos os participantes.

Devo confessar que sinto uma admiração muito especial pela Polónia e pela nação polaca. Impressiona-me o fortíssimo apego à sua identidade e independência, que resistiu e perdurou através das maiores atribulações da sua história multissecular.

Tenho bem presente o contributo da Polónia para o reencontro da Europa central e oriental com a liberdade e a democracia, e o papel activo que cedo veio a desempenhar nas instituições multilaterais e na construção europeia. E tenho acompanhado, com grande interesse, a gestão bem sucedida do profundo processo de transformação política, institucional e económica do país, que culminou, de algum modo, na sua adesão à União Europeia, em 2004, e que se tem reflectido num desempenho económico notável e numa forte capacidade de captação de IDE.

A Polónia tornou-se, entretanto, no principal parceiro económico de Portugal na Europa Central e de Leste. É o 4º maior mercado de destino do investimento português no exterior. Conta com uma presença já significativa de empresas de capitais portugueses, com vários exemplos particularmente bem sucedidos. Mas julgo que ainda nos situamos aquém das nossas potencialidades, tanto mais que a dimensão e profundidade do relacionamento comercial entre os nossos dois países, apesar de relativamente dinâmica, mostra haver, ainda, muito por explorar.

Sem levarmos adiante um processo de descoberta mútua, dificilmente poderemos tirar pleno partido da nossa pertença comum a esse grande espaço de liberdade de circulação de bens, serviços, pessoas e capitais que é o mercado único europeu.

Torna-se importante, nessa perspectiva, mobilizar de forma mais articulada as vontades dos agentes económicos, políticos e culturais. Mas importa, fundamentalmente, proporcionar as condições para que as oportunidades de cooperação bilateral sejam mais divulgadas, a comunicação se estabeleça e os negócios possam materializar-se.

Por isso mesmo, não posso deixar de sublinhar a oportunidade que este Seminário e os Encontros Empresariais representam para o reforço dos laços económicos entre os nossos dois países. Desde logo, ao proporcionarem um estreitamento dos contactos entre empresários e altos responsáveis portugueses e polacos. E, mais ainda, ao contribuírem para um melhor conhecimento do que se faz actualmente na Polónia e em Portugal, países muito próximos na sua condição de parceiros comunitários, mas, também, economias em rápida mutação e que, geograficamente, ocupam fronteiras opostas do espaço da União Europeia.

Portugal, que aderiu, na década de 80, a uma Comunidade de 10 Estados-membros, e se tornou um dos países fundadores da área do euro, conhece bem os desafios da integração europeia. E todos sabemos que a crescente globalização a que temos assistido nas últimas décadas traz consigo desafios e oportunidades numa escala sem precedentes.

Para poder responder a esses desafios, Portugal tem vindo a experimentar grandes mudanças e a realizar um importante conjunto de reformas, não só na esfera económica como em muitas outras áreas. A estrutura da economia portuguesa está a mudar rapidamente, o que é bem visível na estrutura das exportações, que se afasta cada vez mais do padrão de especialização que durante muito tempo as caracterizava, e no próprio posicionamento das exportações tradicionais ao longo da cadeia de valor.

Tem surgido uma nova geração de empresas e de empresários, muitos deles com vocação global, em áreas de forte conteúdo científico e tecnológico – aplicações de software, tecnologias de informação, robótica e comunicação, biotecnologias, energias renováveis.

Algumas dessas empresas integram a comitiva empresarial que me acompanha nesta Visita de Estado à Polónia, e que é representativa, ao mais alto nível, de vários dos sectores mais dinâmicos da economia portuguesa e de uma classe empresarial crescentemente orientada para a inovação e para a internacionalização.

Empresas cuja capacidade, conhecimento, prestígio e experiência internacional as colocam em boa posição para ir ao encontro de muitas das necessidades de investimento e de cooperação associadas à actual fase de desenvolvimento da economia polaca, como creio ser o caso das infra-estruturas de transportes e comunicações, do equipamento habitacional, do sector energético, da indústria automóvel e das Tecnologias de Informação e Comunicação.

A propósito deste último sector, devo referir que trouxemos uma significativa mostra do desenvolvimento e inovação hoje produzidos no nosso país — “Portugal - Global Technology” —, mostra essa que inauguraremos de seguida no Palácio da Cultura e Ciência, aqui bem perto, e que permanecerá aberta ao público durante a próxima semana. Convido todos a visitá-la!

São empresas que ilustram bem o Portugal deste século, um país moderno e acolhedor, com uma vasta herança cultural, excelentes infra-estruturas e um sistema financeiro altamente desenvolvido. Uma economia aberta e favorável ao investimento exterior e às novas tecnologias e que apresenta, não obstante a sua pequena dimensão, múltiplos centros de excelência tecnológica e científica e de criatividade empresarial.

Portugal e as empresas portuguesas têm muito a oferecer à Polónia. E a Polónia tem, seguramente, muito a oferecer a Portugal. Podem e devem, em conjunto, fazer muito mais do que até agora.

É com essa convicção que irei terminar. Mas não sem antes vos transmitir uma fundada expectativa de que os trabalhos deste Seminário dêem um contributo determinante para que os empresários polacos e portugueses possam identificar e explorar interesses e oportunidades. No terreno, em concreto, em benefício mútuo.

Mais do que de boas intenções ou de bonitas palavras, o tempo é de acção.

Muito obrigado.

Dziêkujê.

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