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Casais Presidenciais Português e Eslovaco assistiram a concerto de Mariza (1)
Presidente recebeu o Líder da Oposição eslovaca (1)
Exposição de Arte Contemporânea Portuguesa inaugurada por Cavaco Silva (1)
Casais Presidenciais Português e Eslovaco assistiram a concerto de Mariza (2)
Presidente recebeu o Líder da Oposição eslovaca (2)
Exposição de Arte Contemporânea Portuguesa inaugurada por Cavaco Silva (2)
Presidente recebeu o Líder da Oposição eslovaca (3)
Exposição de Arte Contemporânea Portuguesa inaugurada por Cavaco Silva (3)
Casais Presidenciais Português e Eslovaco assistiram a concerto de Mariza (3)
Casais Presidenciais Português e Eslovaco assistiram a concerto de Mariza (4)
Presidente recebeu o Líder da Oposição eslovaca (4)
Exposição de Arte Contemporânea Portuguesa inaugurada por Cavaco Silva (4)
Casais Presidenciais Português e Eslovaco assistiram a concerto de Mariza (5)
Exposição de Arte Contemporânea Portuguesa inaugurada por Cavaco Silva (5)
Casais Presidenciais Português e Eslovaco assistiram a concerto de Mariza (6)
Exposição de Arte Contemporânea Portuguesa inaugurada por Cavaco Silva (6)
Exposição de Arte Contemporânea Portuguesa inaugurada por Cavaco Silva (7)
Casais Presidenciais Português e Eslovaco assistiram a concerto de Mariza (7)
Casais Presidenciais Português e Eslovaco assistiram a concerto de Mariza (8)
Exposição de Arte Contemporânea Portuguesa inaugurada por Cavaco Silva (8)

Intervenção do Presidente da República Portuguesa na Sessão de Encerramento do Seminário Económico


Senhor Presidente Ivan Gašparoviè, Excelência,
Senhores Ministros,
Senhor Secretário de Estado,
Senhores Embaixadores,
Senhores Presidentes da Câmara de Comércio e Indústria Eslovaca, da AIP e da AICEP,
Ilustres Convidados,

Gostaria de começar por dirigir um agradecimento muito particular ao Presidente Ivan Gašparoviè pela sua presença, que muito nos honra, neste Seminário Económico. Quero também felicitar a Câmara de Comércio e Indústria Eslovaca, associada à Associação Industrial Portuguesa e ao AICEP pela organização desta excelente iniciativa. Saúdo e agradeço, igualmente, a presença de todos os participantes.

Não tenciono esconder-vos que sinto pela Eslováquia uma forte admiração. Destacaria, em especial, dois motivos. A forma singularmente pacífica — aliás, de uma suavidade que tem sido comparada à do veludo —, como se processou o seu reencontro com os valores da liberdade e da democracia e a sua emergência, em 1993, como Estado soberano e independente. E a forma extraordinariamente rápida e determinada como o país se transformou e modernizou, possibilitando a sua adesão, em 2004, à União Europeia, cedo exibindo, de resto, um ritmo notável de expansão económica e taxas de crescimento invejáveis, até, a nível mundial.

Numa escassa década e meia de profundas reformas estruturais e de uma hábil condução das suas políticas macroeconómicas, a Eslováquia mostrou-se capaz de satisfazer os critérios de convergência para participar na área do Euro, o que fará já a partir do próximo ano.

Não deixa, porém, de ser um pouco surpreendente que o relacionamento económico e comercial entre dois Estados-membros tão bem integrados no mercado europeu como Portugal e a Eslováquia tenha permanecido até agora, pese embora alguns exemplos encorajadores, muito aquém do possível e desejável.

Julgo que existe, entre a Eslováquia e Portugal, um processo de descoberta mútua ainda por desenvolver e um vasto campo de complementaridades ainda por explorar. Haverá que mobilizar nesse sentido, de forma mais activa, e, porventura, mais articulada, as vontades dos agentes económicos, políticos e culturais. Mas importa, sobretudo, proporcionar as condições para que a comunicação se estabeleça, para que as oportunidades de cooperação bilateral sejam mais conhecidas e para que os negócios possam concretizar-se.

Entendo, por isso mesmo, ser de sublinhar a excelente oportunidade que este Seminário representa para o reforço das relações empresariais e para o reforço dos laços económicos entre os nossos dois países. Proporcionando, por um lado, um estreitamento dos contactos entre empresários e altos responsáveis portugueses e eslovacos. E contribuindo, além disso, para um melhor conhecimento do que se faz actualmente na Eslováquia e em Portugal, países muito próximos na sua condição de parceiros comunitários que comungam de idênticos problemas e expectativas, mas, também, economias em rápida mutação e países que, geograficamente, se inserem em faixas distintas do espaço europeu.

Portugal, que aderiu, em meados da década de 80, a uma Comunidade de 10 Estados-membros, e se tornou um dos países fundadores da área do euro, conhece bem os desafios da integração europeia. E todos temos consciência de que a crescente globalização a que temos assistido nas últimas décadas traz consigo desafios e oportunidades numa escala sem precedentes.

Para poder fazer face a esses desafios, Portugal tem vindo a experimentar, também ele, grandes mudanças e a realizar um conjunto significativo de reformas, tanto no domínio económico como em diversas outras áreas. Apesar de se ter defrontado com algumas dificuldades de ajustamento, a estrutura da economia portuguesa está a mudar rapidamente, o que é bem visível no actual perfil das exportações, que se afasta cada vez mais do padrão de especialização que durante muito tempo as caracterizava.

Tem vindo, de resto, a emergir, em áreas de forte conteúdo científico e tecnológico – biotecnologias, aplicações de software, tecnologias de informação, robótica e comunicação, energias renováveis. – toda uma nova geração de empresas e de empresários, muitos deles com vocação global.

Algumas dessas empresas integram a comitiva empresarial que me acompanha nesta minha primeira Visita de Estado à Eslováquia, e que é representativa, ao mais alto nível, dos sectores mais dinâmicos da economia portuguesa e de uma classe empresarial crescentemente orientada para a inovação e para a internacionalização.

Empresas com características de experiência internacional, de desempenho e de expertise que as colocam em boa posição para ir ao encontro de muitas das necessidades de cooperação e de investimento associadas à actual fase de desenvolvimento da economia eslovaca e à própria execução do seu programa de apoios comunitários, como creio ser o caso das infra-estruturas de transportes e comunicações, do equipamento habitacional, do sector energético, da indústria automóvel e das TIC.

São empresas que ilustram bem o Portugal do século XXI, um país moderno e acolhedor, herdeiro de um vasto património histórico e cultural, dotado de excelentes infra-estruturas e de um sistema financeiro altamente desenvolvido. Uma economia aberta e favorável ao investimento exterior e às novas tecnologias e que apresenta múltiplos centros de excelência tecnológica e científica e de criatividade empresarial.

Portugal e as empresas portuguesas têm, estou convencido, muito a oferecer à Eslováquia. E a Eslováquia tem, seguramente, muito a oferecer a Portugal.

Mais do que de boas intenções ou de bonitas palavras, o tempo é de acção. Podemos e devemos, em conjunto, fazer muito mais do que até agora. Podemos e devemos tirar pleno partido da nossa pertença comum a esse grande espaço de liberdade de circulação de bens, serviços, pessoas e capitais que é o mercado único europeu.

Tenho fundada expectativa de que os trabalhos deste Seminário, que agora se encerra, dêem um contributo determinante para que os empresários eslovacos e portugueses possam identificar e explorar, em concreto e em benefício mútuo, interesses e oportunidades.

Muito obrigado.

Dakujem.

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