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Na reposta ao José Martins e Daniel Marinho, no dia 14, esqueci referir um ponto importante, que se enquadra melhor neste tópico de formação e acompanhamento. Durante a preparação do actual quadro de apoio à instalação de jovens agricultores, vulgo "PRODER", a AJAP insistiu na importância da realização de um estágio antes da instalação, porque há coisas que só na prática se podem aprender. Contudo, esse estágio não deveria realizar-se numa exploração agrícola qualquer, mas apenas em explorações geridas por um "agricultor-tutor", preferencialmente da mesma fileira/produção em que o jovem se iria instalar. Esse tutor, previamente seleccionado, faria parte de uma "bolsa de tutores", que preenchessem alguns requisitos em termos de formação, experiência, capacidade de comunicação e disponibilidade para acompanhar os estagiários durante o estágio propriamente dito e depois permanecer disponíveis para responder a qualquer dúvida que surgisse ao novo agricultor na fase da instalação. Isto seria particularmente importante para quem se instalasse "a partir do zero", isto é, fora do quadro normal de sucessão familiar, onde já existe experiência e é provável que permaneça esse apoio, mas também para esses seria bom ter outras referências e experiências para comparar, diferentes da tradição familiar.
Saliente-se que não estaríamos a inventar nada, apenas a importar o que já se faz noutros países da Europa.
Infelizmente, essa proposta ainda não vingou, mas vamso insistir nela e noutras formas de acompanhamento aos jovens que se isntalam na agricultura.
Carlos Neves