Mensagem do Presidente da República para a entrega do Prémio Manuel António da Mota
16 de dezembro de 2012

Em boa hora a Fundação Manuel António da Mota, em parceria com a TSF, decidiu atribuir um prémio anual que pretende distinguir as instituições de solidariedade que, através do seu trabalho em prol dos mais desfavorecidos, mereçam o reconhecimento público e a ajuda indispensável à prossecução da sua missão solidária.

Este é um bom exemplo de como se pode concretizar a ideia de responsabilidade social das empresas. A missão de qualquer empresa é, antes de mais, criar riqueza e através dela criar emprego. Porém, a sua responsabilidade perante a sociedade vai muito para além desta sua missão central. É a consciência e a ética dessa responsabilidade acrescida que eu quero aqui assinalar e enaltecer.

As empresas ao aderirem à iniciativa comunitária do Ano Europeu do Envelhecimento Ativo e da Solidariedade entre Gerações, retomam um dos temas que, em devido tempo, tive a oportunidade de abordar e de lançar a debate público.

Felizmente, o desafio que então lancei começa a ter resposta por parte da comunidade científica, das instituições de solidariedade, dos responsáveis políticos e de uma parte da opinião pública.

Com o aumento da esperança de vida e o valor acrescido do conhecimento e da experiência, impõe-se repensar o envelhecimento e a inatividade precoce. Mas é igualmente indispensável refletir sobre as consequências menos positivas do envelhecimento prolongado quando em situações de doença crónica, de isolamento e de exclusão social.

Felicito a Fundação Manuel António da Mota por esta iniciativa e expresso público reconhecimento às instituições de solidariedade pelo contributo para atenuar o sofrimento de tantos milhares de portugueses.

Portugal precisa da vossa dedicação, da vossa experiência e da vossa criatividade para encontrarmos o melhor rumo para um País que, passando por uma das mais graves crises da sua história, não pode perder a esperança nem deixar de ser solidário.