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30.º aniversário da adesão de Portugal às Comunidades Europeias
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INTERVENÇÕES

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Intervenção do Presidente da República no 50º aniversário da Rádio e Televisão de Portugal
Lisboa, 7 de Março de 2007

Senhor Ministro dos Assuntos Parlamentares
Senhor Cardeal Patriarca de Lisboa, D. José Policarpo
Senhor Presidente da Rádio e Televisão de Portugal

«Boa Noite» a todos. Ao longo de cinquenta anos, ouvimos a RTP desejar-nos «Boa Noite». A RTP acompanhou-nos durante cinco décadas. É impressionante verificar como o tempo passou e como, ao recordar esse tempo, muito daquilo de que nos lembramos são imagens que vimos na televisão.

A RTP trouxe até nós os grandes acontecimentos que marcaram a segunda metade do século XX e estes primeiros anos do século XXI. Frente ao pequeno écran, emocionámo-nos com a chegada do Homem à Lua, com o 25 de Abril e as transmissões feitas junto ao Quartel do Carmo ou, mais recentemente, com a queda do Muro de Berlim ou os trágicos atentados do 11 de Setembro de 2001.

No imaginário dos Portugueses, figuras que fizeram a história da televisão são visitas de casa, com as quais nos habituámos a conviver como se fossem amigos ou pessoas de família. «Se bem me lembro», para usar o título do programa de Vitorino Nemésio, recordo, e só para citar alguns nomes, Fernando Pessa, o engenheiro Sousa Veloso, Artur Agostinho, Alice Cruz, Maria Leonor, Henrique Mendes, entre tantos outros.

A RTP está e estará com os Portugueses nos bons e nos maus momentos. Mostra-lhes o Mundo e mostra-lhes Portugal. Com ela, tudo ficou mais pequeno e mais próximo de todos. A televisão aproximou-nos uns dos outros, na partilha comum da informação, do entretenimento, do lazer. Com a RTP, revimos vezes sem conta as comédias portuguesas de outros tempos, acompanhámos séries televisivas sem perder um episódio, assistimos a debates que nos ajudaram a formar a nossa opinião, vibrámos frente ao écran com a participação de Portugueses em competições internacionais, dos campeonatos de futebol aos festivais da canção, passando pelas Olimpíadas.

Mas a RTP não é apenas memória. Nesta instituição, o passado é promessa de futuro e de contínua abertura à modernidade. Ao inaugurar hoje o seu novo Centro de Produção, a RTP demonstra que, apesar de já ter chegado à meia-idade, continua atenta aos sinais dos tempos e permanece tão jovem e activa como nos primeiros momentos da sua existência.

O tempo é de festa e de comemoração. Mas, em qualquer instituição, cinquenta anos de vida constituem também um pretexto para encarar o futuro. O poder que este meio de comunicação possui junto dos cidadãos é algo que deve motivar e responsabilizar os profissionais de televisão. Por outro lado, a prestação do serviço público de televisão é uma tarefa que traz, para os que trabalham na RTP, especiais exigências de rigor, de imparcialidade e de qualidade da programação. E a concorrência com os operadores privados, num quadro de saudável pluralismo, deve igualmente constituir um elemento de estímulo para que a RTP continue a modernizar-se.

Quero, pois, saudar a RTP e os que nela trabalham. Com a sua dedicação e empenho, são eles que fizeram e fazem o que a RTP foi ao longo destes seus cinquenta anos de existência. E, como o dia é de aniversário, penso que tudo se pode resumir em poucas palavras: parabéns, RTP.

Por isso, foi com o maior gosto que, no uso das minhas competências como Grão-Mestre das Ordens Honoríficas Portuguesas, decidi conferir à RTP, Rádio e Televisão de Portugal, o título de Membro Honorário da Ordem do Infante D. Henrique.

© Presidência da República Portuguesa - ARQUIVO - Aníbal Cavaco Silva - 2006-2016

Acedeu ao arquivo da Página Oficial da Presidência da República entre 9 de março de 2006 e 9 de março de 2016.

Os conteúdos aqui disponíveis foram colocados na página durante aquele período de 10 anos, correspondente aos dois mandatos do Presidente da República Aníbal Cavaco Silva.