Caros Amigos,

No Dia Mundial do Migrante, que hoje se assinala, deixo uma palavra de respeito e reconhecimento a todos os imigrantes.

Oriundos ou não dos Países que falam a língua portuguesa, em Portugal obtêm o seu sustento e, no respeito pela lei e pelo modo de vida dos portugueses, contribuem para o desenvolvimento do País.

São muito bem-vindos entre nós e tudo faremos para contribuir para a sua integração plena na sociedade portuguesa, que queremos cada vez mais justa e inclusiva.

Sei que esta mensagem corresponde ao verdadeiro sentir dos portugueses, que conhecem bem o que é buscar no estrangeiro melhores condições de vida.

Os portugueses respeitam a diversidade cultural e apoiam as políticas de acolhimento e integração dos imigrantes e das minorias étnicas.

Portugal é dos países da União Europeia que abriram as portas a maior percentagem de estrangeiros de fora da própria União.

Neste final de 2008, Ano Europeu do Diálogo Intercultural, saúdo especialmente as estruturas do Alto Comissariado para a Imigração e Diálogo Intercultural e as Associações de Imigrantes, que têm feito um trabalho notável na concretização das políticas de integração.

Importa falar claro: Portugal precisa da imigração para crescer economicamente.

Para Portugal e muitos outros países europeus, a imigração legal não deve ser vista como um problema, mas como uma oportunidade de desenvolvimento – que deve ser partilhado com os países de origem dos fluxos migratórios.

É primordial a integração harmoniosa e sustentável dos imigrantes nas sociedades de acolhimento.

Mas temos também de lutar para que as migrações contribuam efectivamente para o desenvolvimento económico e social dos países de origem, que não podem ficar despojados dos seus melhores recursos humanos.

É decisiva a ajuda desses países para o combate à imigração ilegal e à exploração ilícita e ao tráfico de seres humanos.

Portugal sabe que a paz e a segurança no século XXI reclamam adequadas políticas de migração e integração, as quais têm de ser concebidas na colaboração entre uns e outros e nunca assumidas de uns contra os outros.

Deixo o meu agradecimento a todos os imigrantes. E deixo-o também a todos os portugueses que os acolhem, em igualdade de direitos e de deveres e sem discriminações.

Uns e outros, com o seu trabalho, contribuem diariamente para a melhoria das condições de vida de todos quantos vivem em Portugal e das suas famílias residentes no estrangeiro.

Um feliz Natal e um bom ano de 2009 são os meus votos.